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Assange diz que extradição à Suécia não resultaria em 'justiça'

O fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange, disse em entrevista à BBC que está lutando contra o pedido de extradição feito pela Suécia por acreditar que o processo não resultaria em "justiça natural".   Assange está hospedado em uma casa

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 22.12.2010, 09:28:00 Editado em 27.04.2020, 20:53:39
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O fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange, disse em entrevista à BBC que está lutando contra o pedido de extradição feito pela Suécia por acreditar que o processo não resultaria em "justiça natural".

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Assange está hospedado em uma casa no leste da Grã-Bretanha, após ter sido libertado sob fiança pela Justiça britânica enquanto aguarda a análise do pedido sueco por sua extradição.

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"Não preciso voltar para a Suécia", disse Assange durante a entrevista.

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"A lei diz que tenho alguns direitos, e estes direitos significam que eu não preciso falar com qualquer promotor do mundo que simplesmente queira bater um papo, e não vou fazer isso de forma alguma", disse.

O fundador do WikiLeaks também afirmou que as autoridades suecas pediram, como parte de seu pedido de extradição, que ele e seu advogado sueco não se pronunciem a respeito do caso.

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"O que foi pedido é que eu seja levado à força para a Suécia e, uma vez lá, seja mantido incomunicável. Essa não é uma circunstância sob a qual a justiça natural pode ocorrer", opinou.

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Acusações

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Assange também afirmou que é possível que as acusações contra ele, de crimes sexuais, tenham surgido depois que as duas mulheres envolvidas procuraram a polícia em busca de aconselhamento, e não para fazer uma denúncia.

Para o fundador do site, "uma descrição" do que aconteceu é que as mulheres com as quais ele teve relações sexuais podem ter ficado "nervosas" devido à possibilidade de contrair doenças sexualmente transmissíveis, podem ter ido à polícia para pedir aconselhamento "e, então, a polícia pode ter pulado em cima disso e iludido as mulheres".

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Assange também afirmou à BBC que há "outras pessoas dizendo" que as mulheres se aproveitaram, deliberadamente, de uma brecha na lei sueca, segundo a qual, se elas fossem buscar aconselhamento da polícia, não poderiam ser acusadas de ter feito uma falsa denúncia.

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Assange é acusado de manter relações sexuais sem proteção com uma mulher, quando ela havia pedido para que ele usasse um preservativo.

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Ele também é acusado de manter relações sexuais desprotegidas com outra mulher.

Pela lei, o pedido de extradição deveria ser analisado em até 21 dias após a detenção, ocorrida no dia 7 de dezembro. Mas, em casos de grande repercussão como o de Assange, na prática isso pode levar vários meses.

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'Sabotagem'

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O WikiLeaks já publicou centenas de documentos secretos americanos de um pacote de mais de 250 mil comunicações diplomáticas dos Estados Unidos a que teve acesso. Algo que a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, afirmou que "sabota as relações pacíficas" entre os países.

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O site já havia provocado polêmica anteriormente com a divulgação de milhares de documentos militares americanos secretos sobre as guerras no Afeganistão e no Iraque.

Assange insiste em que sua missão é "promover a justiça pelo método da transparência" e acrescentou que o WikiLeaks já trouxe muitos benefícios.

"A revelação gradual do processo de reforma política é algo (cujos resultados) não podemos ver imediatamente. Mas já vemos que mudamos governos, certamente mudamos muitas figuras políticas dentro de governos."

"Geramos novos esforços para reformas de leis. Provocamos investigações policiais sobre abusos que nós expusemos", acrescentou.

Quando questionado se o WikiLeaks poderia, daqui para frente, fazer com que diplomatas evitassem escrever suas opiniões honestas, Assange discordou.

"Não, eles apenas precisam começar a colocar no papel as coisas de que se orgulham", afirmou.

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