A União Africana (UA) suspendeu nesta quinta-feira (9) a Costa do Marfim devido à recusa de seu presidente em fim de mandato, Laurent Gbagbo, em respeitar o resultado das eleições realizadas no dia 28 de novembro, que deram a vitória a seu adversário, Alassane Ouattara.
Também nesta quinta-feira, os Estados Unidos e a ONU (Organização das Nações Unidas) ameaçaram o chefe de Estado com sanções caso tome a "má decisão" de se agarrar ao poder.
O Comissário para a Paz e a Segurança da União Africana, Ramtane Lamamra, disse que a suspensão da Costa do Marfim será mantida até que Ouattara assuma o poder.
- A decisão que tomamos foi suspender a Costa do Marfim de qualquer participação nas atividades dos órgãos da UA até o exercício efetivo do poder pelo presidente democraticamente eleito Alassane Ouattara.
Em carta a Gbagbo, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, "deixou claro que podemos buscar possíveis sanções contra ele e contra outros se for necessário", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley.
A Costa do Marfim acordou com dois presidentes no dia 4 de dezembro: o atual chefe de Estado em fim de mandato, Gbagbo, e o ex-primeiro-ministro Ouattara, depois que ambos prestaram juramento ao cargo.
No último dia 3, Gbagbo foi declarado vencedor das eleições presidenciais, com 51,45% dos votos, pelo Conselho Constitucional, que invalidou os resultados proclamados pela Comissão Eleitoral Independente (CEI), que haviam dado a vitória a Ouattara, com 54,1% dos votos.
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