O Brasil está disposto a colaborar na libertação de cinco reféns, anunciada pela guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), revelou nesta quinta-feira (9) o porta-voz da Cruz Vermelha colombiana, Pascal Jaquier.
- Fizemos contatos preliminares com o Brasil e recebemos uma resposta positiva. O Brasil está disposto a colaborar no processo.
A Cruz Vermelha ainda não recebeu o "requerimento oficial" do governo colombiano e das Farc "para participar do processo", mas "como sempre, esta à disposição", acrescentou Jaquier.
A guerrilha anunciou que libertará os cinco reféns e os entregará à ex-senadora colombiana Piedad Córdoba, mas não definiu uma data. Jaquier não quis definir prazos, afirmando que esses processos "levam tempo".
Se confirmada, essa seria a terceira participação do Brasil em libertações das Farc na Colômbia. Em duas ocasiões, as Forças Armadas brasileiras forneceram helicópteros e tripulações para buscar reféns na selva.
Piedad, que foi cassada por seus vínculos com as Farc, participou de 14 libertações de reféns desde 2008, com o apoio da Cruz Vermelha e da Igreja Católica. No começo de novembro, ela foi destituída pelo Congresso depois que a Procuradoria (Justiça administrativa) a sancionou com 18 anos de inelegibilidade ao considerar que a ex-senadora ultrapassou o papel de mediadora em libertações de reféns das Farc.
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, autorizou nesta quinta-feira a participação de Piedad no processo e assegurou que o governo dará garantias de segurança para que as libertações ocorram.
Os reféns que devem ser libertados são o major da polícia Guillermo Solórzano, o cabo do Exército Salín Sanmiguel, o infante da Marinha Henry López Martínez e os vereadores Marcos Vaquero e Armando Acuña, sequestrados entre 2007 e 2010.
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