O conselheiro de estado chinês Dai Bingguo e o ditador norte-coreano, Kim Jong-Il, chegaram a um "importante consenso" em relação à crise entre as Coreias, nesta quinta-feira, após uma reunião em Pyongyang. Um comunicado divulgado pela a agência oficial chinesa Xinhua destaca que "as duas partes chegaram um acordo quanto a suas relações bilaterais e a situação na península coreana, ao final de conversas sinceras e profundas".
Se dar detalhes, a agência oficial norte-coreana KCNA informou que os países trataram de temas de interesses mútuos e se comprometeram em melhorar ainda mais suas relações amistosas. O primeiro encontro entre os dois aliados desde o bombardeio pela Coreia do Norte contra uma ilha sul-coreana ocorre pouco depois dos responsáveis pelos assuntos exteriores dos Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão pedirem maior compromisso da China para pressionar seu aliado e evitar futuras provocações.
A China, único aliado de peso de Pyongyang, é a única grande potência que se absteve de condenar o regime norte-coreano. Os outros países expressaram sua impaciência em relação à atitude chinesa. O almirante americano Mike Mullen, chefe do Estado-Maior conjunto, em visita a Tóquio, afirmou também nesta quinta que "a Ásia do nordeste hoje é mais instável do que tem sido nos últimos 50 anos", o que se deve "ao comportamento perigoso do regime norte-coreano, apoiado por seus amigos na China". Mullen afirmou ainda que existe uma verdadeira emergência em reforçar os vínculos militares entre os Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão para dissuadir a Coreia do Norte.
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