O site WikiLeaks, famoso por publicar informações e documentos secretos de governos e empresas, anunciou que dará prosseguimento à divulgação de telegramas diplomáticos confidenciais dos Estado Unidos, apesar da prisão, em Londres, de seu fundador, o australiano Julian Assange.
Assange é acusado de crimes sexuais na Suécia, país que pediu sua prisão por suspeita de coerção e estupro, entre outros delitos. O australiano nega as acusações.
Em mensagem na rede de microblogs Twitter, o WikiLeaks informou que as operações do site continuam normalmente.
- As ações de hoje (terça-feira) contra nosso editor-chefe Julian Assange não afetarão nossas operações: divulgaremos mais telegramas esta noite, como de costume.
O jornalista James Ball, que analisa documentos diplomáticos para o WikiLeaks, declarou que os funcionários do site prosseguem com as tarefas habituais.
- Em termos do que está acontecendo, tudo continua segundo o previsto, tudo seguirá saindo como sempre.
O australiano, de 39 anos, cujo site está publicando milhares de telegramas diplomáticos confidenciais dos Estados Unidos, foi detido ao se apresentar à polícia às 9h30 locais (7h30 de Brasília). Assange compareceu nesta terça-feira a uma audiência com um juiz de primeira instância no tribunal de Westminster, no centro da capital britânica, e teve negado seu pedido de liberdade sob fiança.
Gates diz que prisão "parece boa notícia"
O secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, que está no Afeganistão, disse nesta terça-feira que a detenção de Assange "parece uma boa notícia.
- Ainda não haviam me falado, mas parece uma boa notícia
Antes de publicar os mais de 250 mil documentos diplomáticos dos EUA, o WikiLeaks colocou no ar outros milhares de relatórios confidenciais sobre as guerras no Afeganistão e no Iraque, além de um polêmico vídeo que mostra como militares americanos dispararam, a partir de um helicóptero, contra civis em Bagdá.
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