Milhares de haitianos foram às ruas de Porto Príncipe para exigir a anulação das eleições presidenciais e legislativas deste domingo (28), por suspeitar que o partido governista as manipulou para favorecer seu candidato, Jude Celestin.
Ao fim de um dia eleitoral marcado por episódios de violência e denúncias de fraude, os manifestantes percorreram os setores de Delmas e Pétion-ville, na capital, onde se encontra a sede do CEP (Conselho Eleitoral Provisório), que até o momento se nega a cancelar o pleito.
Capacetes Azuis da ONU e policiais haitianos foram chamados para reforçar a segurança em frente à sede do organismo eleitoral.
A manifestação foi encabeçada pelo cantor e candidato Michel Martelly, um dos favoritos segundo pesquisas de opinião, ao lado de Wyclef Jean, astro mundial do hip-hop, cuja candidatura não foi aceita pelo CEP.
Em um ambiente festivo, os manifestantes distribuíam folhetos favoráveis a Martelly e, pelo caminho, rasgavam cartazes de Celestin, a quem acusam de ser marionete do presidente em fim de mandato, René Preval.
Os centros de votação das eleições legislativas e presidenciais do Haiti fecharam, conforme o previsto pelo CEP, às 16h locais desde domingo (19h de Brasília), comprovou um jornalista da AFP.
Cerca de 5 milhões de haitianos estavam convocados a renovar o Parlamento e eleger o sucessor do presidente René Preval entre 18 candidatos.
Doze deles, entre os quais os favoritos Mirlande Manigat e Michel Martelly, exigiram a anulação das eleições por denúncias de "fraude" em favor do candidato da situação Jude Celestin.
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