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Haitianos atacam capacetes azuis brasileiros

Centenas de jovens haitianos ocuparam o centro de Porto Príncipe nesta quinta-feira (18), onde atacaram soldados brasileiros da força de paz da ONU e levantaram barricadas para protestar contra a epidemia de cólera.   Os manifestantes cercaram e at

Da Redação

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 Um dos soldados da missão de paz brasileira cai de um caminhão em frente a manifestantes durante protesto em Porto Príncipe
Icone Camera Foto por Ramon Espinosa / AP
Um dos soldados da missão de paz brasileira cai de um caminhão em frente a manifestantes durante protesto em Porto Príncipe
Escrito por Da Redação
Publicado em 19.11.2010, 00:16:00 Editado em 27.04.2020, 20:54:55
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Centenas de jovens haitianos ocuparam o centro de Porto Príncipe nesta quinta-feira (18), onde atacaram soldados brasileiros da força de paz da ONU e levantaram barricadas para protestar contra a epidemia de cólera.

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Os manifestantes cercaram e atiraram pedras em um caminhão com soldados brasileiros da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), que tentaram afastar a multidão apontando suas armas, sem sucesso.

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Durante o confronto, um soldado caiu e foi atingido por várias pedras, mas conseguiu se levantar e embarcou no caminhão, que escapou levando os militares brasileiros.

Os jovens bloquearam com caçambas de lixo as ruas próximas ao Palácio Presidencial, surpreendendo o pequeno contingente da Minustah que patrulhava a zona.

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Os manifestantes, que se reuniram na praça do Campo de Marte, bem perto do Palácio Presidencial, gritaram slogans em creole tais como "A Minustah nos trouxe a cólera". Um cartaz em creole também indicava "A Minustah joga excrementos na rua".

"Estamos contra o poder e contra a Minustah, que não fazem nada. A Minustah deveria pacificar o país e hoje estamos pior. A Minustah mata haitianos", disse Ladiou Novembre, um professor do ensino médio.

Os jovens tentaram chegar à base da Minustah em Gourdon, mas foram impedidos por militares não identificados, que fizeram disparos e atiraram bombas de gás lacrimogêneo. Os manifestantes recuaram então para a praça do Campo de Marte, diante do Palácio Presidencial.

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Nos campos de refugiados da capital, onde milhares de pessoas vivem em barracas, jovens também enfrentaram as tropas da ONU lançando pedras, e foram reprimidos com bombas de gás lacrimogêneo.

Na véspera, um homem morreu baleado e várias pessoas ficaram feridas depois de choques entre capacetes azuis e manifestantes em Cap-Haitien, norte do país.

No início da semana, confrontos entre manifestantes e capacetes azuis deixaram dois mortos e 14 feridos em Cap-Haitien, além de seis soldados da ONU feridos em Hinche (centro).

A epidemia de cólera já causou mais de 1.100 mortos no Haiti desde outubro, e a situação deve se agravar em um país onde milhões de pessoas vivem em campos de refugiados desde o terremoto de 12 de janeiro, em condições higiênicas precárias.

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