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Soldado da ONU mata manifestante em protesto no Haiti

Pelo menos uma pessoa morreu durante um protesto contra a missão de paz da ONU no Haiti (Minustah), em meio à epidemia de cólera que já matou mais de 900 pessoas no país.   Soldados da ONU atiraram gás lacrimogênio para tentar dispersar os manifest

Da Redação

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 As forças de paz da ONU são acusadas de levar cólera ao Haiti
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As forças de paz da ONU são acusadas de levar cólera ao Haiti
Escrito por Da Redação
Publicado em 17.11.2010, 00:34:00 Editado em 27.04.2020, 20:55:01
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Pelo menos uma pessoa morreu durante um protesto contra a missão de paz da ONU no Haiti (Minustah), em meio à epidemia de cólera que já matou mais de 900 pessoas no país.

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Soldados da ONU atiraram gás lacrimogênio para tentar dispersar os manifestantes que atiravam pedras e bloqueavam ruas nos subúrbios da segunda maior cidade do país, Cap Haitien.

Houve tiros e um manifestante foi morto por um soldado das tropas da ONU. Seis soldados e outras dez pessoas foram feridas durante o conflito.

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Haitianos acusam soldados do Nepal integrantes da Minustah de levar o cólera ao país pela primeira vez em um século.

A ONU confirmou que o tipo de cólera no país é o mesmo existente no Nepal, mas diz não ter encontrado evidências de que foram seus soldados que levaram a doença ao Haiti.

Nos protestos em Cap Haitien, centenas de pessoas jogaram pedras nos soldados, incendiaram barricadas e uma estação de polícia.

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Eles pediam a saída das forças de paz do Haiti e acusavam o governo de "deixar as pessoas morrerem".

"Um manifestante tinha uma arma e atirou no soldado, que atirou de volta em legítima defesa", disse o porta-voz da Minustah (missão da ONU no Haiti), Vicenzo Pugliese.

Na cidade de Hinche, no centro do país, outros manifestantes entraram em conflito com soldados nepaleses.

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'Segurança Nacional'

Vários haitianos também protestaram contra a localização dos centros de tratamento de cólera, reclamando do risco de os centros levarem a doença para suas comunidades.

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O coordenador humanitário da ONU no Haiti, Nigel Fisher, disse que os protestos mostram que o surto de cólera no país passou de uma crise de saúde para se tornar "um assunto de segurança nacional".

Ele disse ainda que as agências da ONU esperavam um aumento significativo no número de casos da doença. Segundo especialistas, até 200 mil haitianos podem contrair cólera.

"(a doença) Está se espalhando e temos que tentar conter o número de casos e o número de mortes", disse.

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O cólera já está presente em dez províncias do Haiti.

Agências de saúde lutam para conter a doença na capital Porto Príncipe, onde ela já matou 27 pessoas.

Há receio de que ela se espalhe pelos acampamentos de sobreviventes do terremoto, onde vive 1,1 milhão de pessoas.

Em pronunciamento no domingo, o presidente do Haiti, Rene Preval, pediu que as pessoas tivessem cuidado especial com higiene para prevenir a infecção.

No entanto, muitos haitianos não tem acesso à água limpa, sabão e saneamento adequado.

Cólera causa febre, diarreia e vômitos, levando à desidratação severa, e pode matar em 24 horas se não for tratada. Mas pode ser controlada facilmente por meio da reidratação e de antibióticos.

A doença é causada por uma bactéria transmitida por água ou alimentos contaminados.

Apesar dos protestos e da epidemia, o governo marcou eleições gerais para a o final deste mês, no dia 28 de novembro.

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