A companhia aérea australiana Qantas anunciou que detectou leves anomalias em algumas turbinas dos aviões Airbus A380 - as maiores aeronaves de passageiros do mundo -, que devem permanecer no chão por mais tempo do que o previsto, após uma avaria registrada em pleno voo na última quinta-feira (4).
Em entrevista à emissora de rádio e TV pública ABC, o diretor geral da empresa, Alan Joyce, disse que, por se tratar de aviões novos, essas "anomalias" não deveriam existir.
- Em três motores detectamos leves anomalias - óleo onde não devia existir nos motores. São motores novos em um avião novo e não deveriam ter esse tipo de problema.
Jones também voltou a cogitar, como já havia feito na semana passada, que os problemas possam ser decorrentes de uma falha de projeto.
- Pensamos que pode ser um problema de material ou um problema de concepção nos motores.
Na última quinta-feira, um Airbus A380 da Qantas foi obrigado a retornar ao aeroporto de Cingapura para um pouso de emergência, após uma explosão em uma das quatro turbinas - fabricadas pela Rolls-Royce - pouco depois da decolagem.
No dia seguinte, um Boeing 747, também da Qantas - que entre seus passageiros tinha o comandante do A380 acidentado da véspera e seus dois copilotos - teve que retornar a Cingapura por uma avaria em outro tipo de motor Rolls-Royce.
O incidente do A380 foi o primeiro dessa gravidade desde 2007, quando o modelo começou a ser usado. Este tipo de avião transporta até mais de 500 pessoas por viagem. A Qantas não registra nenhum acidente com mortos em seus 90 anos de existência.
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