A polícia russa prendeu dezenas de ativistas da oposição em manifestações não-autorizadas pelos direitos humanos neste domingo (31), em Moscou e São Petersburgo, contra o primeiro-ministro do país, Vladimir Putin.
Na praça Triumfalnaya, na capital russa, centenas de pessoas se reuniram para um ato público em defesa do Artigo 31 da Constituição russa, que garante a liberdade de associação.
A polícia prendeu pelo menos cinco pessoas, que carregavam cartazes com críticas a Putin.
O ato aconteceu na mesma praça onde ocorria um raro protesto autorizado em prol dos direitos humanos. Assim, os oposicionistas forçaram a polícia a remover barreiras e detectores de metal para que os dois grupos se unissem. Ludmila Alexeyeva, militante veterana dos direitos humanos, participou da organização do protesto autorizado.
- Esta manifestação é um sucesso compartilhado. Na Rússia, assim como era na União Soviética, as autoridades não respeitam os direitos constitucionais.
Boris Nemtsov, político da oposição liberal e ex-membro do governo, disse que os manifestantes pretendiam marchar até o Kremlin no próximo protesto da Estratégia 31, marcado para dezembro.
Enquanto isso, no centro da segunda maior cidade do país, a polícia prendeu cerca de 60 pessoas em um protesto, no qual 300 ativistas brandiam cópias da Constituição para pedir o respeito aos direitos humanos.
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