A Conferência das Partes sobre Biodiversidade (COP-10), cujo encerramento estava previsto para esta sexta-feira, em Nagoya, no Japão, se estende agora pela madrugada de sábado, no horário local. Segundo informações do ministério brasileiro do Meio Ambiente, ainda não havia uma previsão de conclusão dos trabalhos e de se alcançar um acordo. A maioria das delegações dos países continua na plenária, inclusive a brasileira, com a presença da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
Desde o dia 18, representantes de 193 países se reuniram para discutir as metas de preservação das espécies animais e vegetais referentes aos próximos dez anos, e outras temas que foram motivo de impasse. O Brasil, como um dos líderes de países ricos em biodiversidade, defendeu o financiamento internacional a projetos de preservação ambiental e, principalmente, a regulamentação de um protocolo para a exploração de recursos genéticos provenientes de animais e plantas.
Vários países desenvolvidos ressaltaram que o protocolo deve ser "transparente e previsível", de forma a não criar incertezas jurídicas ou burocracias excessivas que possam penalizar as pesquisas e o desenvolvimento de novas tecnologias com base na biodiversidade. O Japão, país anfitrião da conferência, assumiu o compromisso de investir US$ 2 bilhões (R$ 3,4 bilhões) em projetos internacionais de conservação da biodiversidade nos próximos três anos.
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