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MP pede fim de ação contra Adriano por elo com tráfico

Treze pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) por envolvimento com o tráfico de drogas nas favelas Furquim Mendes e Dique, no bairro Jardim América, no Rio. Além da denúncia, o MP-RJ pediu o arquivamento do

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 21.10.2010, 20:42:00 Editado em 27.04.2020, 20:55:56
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Treze pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) por envolvimento com o tráfico de drogas nas favelas Furquim Mendes e Dique, no bairro Jardim América, no Rio. Além da denúncia, o MP-RJ pediu o arquivamento do inquérito com relação ao jogador de futebol Adriano, investigado pelo suposto envolvimento com os traficantes. A decisão caberá à 26ª Vara Criminal da Comarca da capital fluminense.

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No pedido de arquivamento, o promotor de Justiça Alexandre Themístocles ressalta que Adriano não foi indiciado ou sequer citado no relatório final da polícia. Cita ainda que, em junho, indeferiu os requerimentos de quebra dos sigilos bancário e telefônico do atleta por entender que, até aquele momento, os autos indicavam, em tese, que o jogador havia sido vítima de crime de extorsão.

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O promotor também considerou nula, como prova, a conversa entre Adriano e seu primo, que deflagrou as investigações em relação ao atleta. Gravada em dezembro de 2009 por meio de interceptação telefônica autorizada pela Justiça, a gravação indica, em princípio, que Adriano foi pressionado por traficantes da favela Vila Cruzeiro a entregar R$ 60 mil para financiar a festa de Natal na favela.

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A transcrição só foi incluída nos autos a pedido do promotor, seis meses depois, em 1º de junho de 2010, após divulgação do trecho pela imprensa. Entre os trechos gravados pelas escutas telefônicas autorizadas pela Justiça estão: "Não esquece amanhã cedo de ir lá trocar o negócio (cheque no banco). Para dar logo essa parada, esse bagulho, para os caras lá", pediu Adriano a um de seus primos, em uma das conversas gravadas pela polícia em dezembro do ano passado. Em seguida, o primo acatou a ordem.

Em outra ligação, Adriano diz ao mesmo primo que só tinha R$ 30 mil disponíveis no banco, mas que o cheque tinha sido preenchido com o dobro, R$ 60 mil. "O Marcos, lá do banco, ele 'tá' procurando ver se consegue o dinheiro, porque ele só tem 30 lá. Aí ele falou: 'Pô, Adriano, só tenho 30 aqui, faz um cheque de 30'. Não, o problema é que eu fiz um cheque de 60. Aí ele: 'Tranquilo, então eu vou tentar ver aqui e te falo'. Espera ele me ligar pra ver se consegue esse dinheiro e eu te ligo", comentou.

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Antes de promover o arquivamento, o MP-RJ realizou uma série de diligências, como a oitiva do jogador e o pedido de quebra de sigilo de seus dados bancários. Na época, Alexandre Themístocles solicitou também que a Justiça tomasse providências junto à Corregedoria de Polícia Civil sobre o vazamento de informações para a imprensa, que dizem respeito a interceptações telefônicas.

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"A invalidade da prova obtida pela autoridade judiciária, única fonte a justificar o movimento da persecução penal para apurar a conduta atribuída ao atleta Adriano, impede qualquer outra iniciativa do MP-RJ, em razão do inevitável reconhecimento da ilicitude derivada da diligência complementar", aponta o documento.

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Denúncia

Pelos crimes de associação armada para o tráfico de drogas, foram denunciados, com pedido de prisão preventiva, Adilson Gomes da Hora Júnior (Nico) e outros 12 integrantes dos diversos escalões da quadrilha que atuava nas favelas do Dique e Furquim Mendes.

De acordo com a denúncia, as investigações e interceptações telefônicas revelaram que, além da distribuição de drogas, o bando controla o comércio clandestino de gás, a comercialização de "gatonet" (ligações irregulares de luz e outros serviços) e o serviço de mototáxi. E também promove bailes e festas para aumentar a venda de drogas. Entre os crimes praticados estão também homicídios e roubo de carros e cargas.

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