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Espanha promove maior reforma desde 2004

Na maior reformulação do governo em seis anos, o primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, disse hoje que eliminará dois ministérios e substituirá sua vice-primeira-ministra. Zapatero busca ganhar força política e aderir a medidas de au

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.10.2010, 11:08:00 Editado em 27.04.2020, 20:56:01
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Na maior reformulação do governo em seis anos, o primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, disse hoje que eliminará dois ministérios e substituirá sua vice-primeira-ministra. Zapatero busca ganhar força política e aderir a medidas de austeridade mais estritas da União Europeia (UE). A reformulação ocorre no momento em que a popularidade do premiê está caindo, com o desemprego acima de 20% e a economia sofrendo com o ritmo de crescimento muito baixo.

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Analistas afirmam que o fim dos Ministérios da Igualdade e da Habitação não deve representar grande economia de recursos para um governo que luta para controlar seu déficit orçamentário, que pode ficar em torno de 9% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano. "Este é um passo na direção correta", disse Maria Jesus Fernandez, economista do centro de estudos Funcas. "Mas a maioria do orçamento nesses dois ministérios vai para pagar os salários de funcionários públicos. E esses funcionários simplesmente serão transferidos para outros ministérios."

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As duas pastas são há tempos alvos de críticas. Elas foram criadas por Zapatero nos últimos anos para enfatizar o novo foco no gasto social, mas suas funções não ficaram claras e muitas vezes se chocavam com as de autoridades locais. A tarefa mais visível do Ministério da Habitação tem sido publicar estimativas de preços de moradias, consideradas por muitos analistas como menos confiáveis que as do setor privado.

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Uma redução rápida do déficit orçamentário espanhol é uma preocupação central dos mercados globais, enquanto o governo ainda prevê um déficit de 6% para 2011. O Produto Interno Bruto (PIB) da Espanha, em torno de US$ 1,5 trilhão, é bem maior que os PIBs de Irlanda, Portugal e Grécia, e uma crise fiscal nesse país provavelmente teria consequências mais sérias para a zona do euro como um todo. Os custos de empréstimo do país atingiram em junho seus níveis mais altos desde a criação do euro. Esses custos permanecem acima dos níveis do ano passado.

Zapatero disse que o ministro do Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba, substituirá a vice-premiê María Teresa Fernández de la Vega, além de manter a pasta que já ocupa. Em outra mudança importante, Valeriano Gómez assumirá o Ministério do Trabalho no lugar de Celestino Corbacho, que já tinha sua saída do gabinete prevista.

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Com isso, Rubalcaba, um veterano do governo socialista de Felipe González nos anos 1990 e importante negociador no longo diálogo pela paz com o grupo separatista Pátria Basca e Liberdade (ETA), aparece como o claro "número 2" do gabinete, logo após o Parlamento aprovar o orçamento para o próximo ano. Isso significa, segundo analistas, que Zapatero deve superar os desafios à sua liderança e manter seu posto até pelo menos as eleições gerais marcadas para 2012.

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Várias medidas de austeridade da Espanha, reformas no mercado de trabalho e nos bancos de poupança mutuamente controlados ajudaram a espantar o temor dos investidores, mas também minaram o capital político do líder, tornando mais difícil para o governo a aprovação de novas leis.

O ministro das Relações Exteriores, Miguel Ángel Moratinos, um ex-funcionário da União Europeia, que como a vice-premiê estava no posto desde o Partido Socialista chegar ao poder, nas eleições de 2004, será substituído por Trinidad Jiménez, segundo Zapatero. Moratinos é em grande parte considerado como um dos arquitetos da política relativamente amigável da Espanha em relação ao regime do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, bem como pelo firme apoio a um Estado palestino independente.

Em outras mudanças, Leire Pajín assumirá o Ministério da Saúde, enquanto Ramón Jáuregui assumirá o Ministério da Casa Civil e Rosa Aguilar passa a comandar o Ministério do Meio Ambiente. As informações são da Dow Jones.

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