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Evo Morales admite que parte da coca vai para o narcotráfico

O presidente da Bolívia, Evo Morales, admitiu pela primeira vez que parte da coca produzida na região do Chapare, centro da Bolívia, é destinada ao mercado ilegal do narcotráfico. Durante a abertura de um encontro de camponeses neste sábado, o presid

Da Redação

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O presidente da Bolívia, Evo Morales, admitiu pela primeira vez que parte da coca produzida na região do Chapare, centro da Bolívia, é destinada ao mercado ilegal do narcotráfico
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O presidente da Bolívia, Evo Morales, admitiu pela primeira vez que parte da coca produzida na região do Chapare, centro da Bolívia, é destinada ao mercado ilegal do narcotráfico
Escrito por Da Redação
Publicado em 17.10.2010, 09:02:00 Editado em 27.04.2020, 20:56:10
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O presidente da Bolívia, Evo Morales, admitiu pela primeira vez que parte da coca produzida na região do Chapare, centro da Bolívia, é destinada ao mercado ilegal do narcotráfico.

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Durante a abertura de um encontro de camponeses neste sábado, o presidente recriminou os sindicatos pelas tentativas de aumentar as produções de coca para além dos limites permitidos por lei.

"Companheiros, vocês sabem que uma parte da coca é desviada para o problema ilegal (do narcotráfico)", disse.

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O presidente, que é um dos principais dirigentes dos sindicatos de cocaleiros da região do Chapare, pediu que os produtores "tomassem consciência dessa realidade" e não exigissem a expansão das plantações.

Morales pediu responsabilidade dos camponeses e insistiu que a área de produção de coca na região "não deve passar dos 7 mil hectares", porque o prestígio internacional do governo está em jogo.

"Temos que ser responsáveis conosco, com as novas gerações, com a Bolívia e com o mundo", declarou.

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Ele afirmou ainda que o aumento das plantações de coca "serve para que os gringos justifiquem" o descrédito à luta contra as drogas no país.

Plantações

Na Bolívia, cada família de camponeses cocaleiros tem direito a um "cato", área de 1.600 metros quadrados para o cultivo da planta.

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Mas Morales criticou o fato de que, para aumentar a produção, os cocaleiros chegaram a inscrever crianças como proprietários destas parcelas.

"Se todo o nosso cultivo tivesse mercado legal, por que estaríamos falando de um cato?", disse.

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O presidente disse ainda que "está na consciência" dos camponeses o fato de que as cargas de coca saem dos mercados primários e não chegam nos mercados centrais da Bolívia, porque são destinadas ao tráfico.

Segundo dados das Nações Unidas, no último ano o Chapare produziu 26.800 toneladas de coca, das quais só 1.800 entraram nos mercados autorizados.

Pressão

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Evo Morales é criticado por outros cocaleiros bolivianos por desempenhar a função dupla de presidente da Bolívia e dirigente sindical dos cocaleiros do Chapare.

Os produtores de coca da região de Yungas de La Paz dizem que o presidente atende melhor aos camponeses do seu sindicato.

Atualmente, pelas leis de cultivo bolivianas, Yungas de La Paz tem 12 mil hectares destinados à produção de coca e a região do Chapare, 7 mil.

Enquanto os sindicatos do Chapare exigem o aumento da área de plantação, os de Yungas de La Paz protestam contra o controle do comércio de coca.

Desde a última segunda-feira, camponeses de Yungas bloqueiam a única estrada que conecta La Paz ao norte da Bolívia. Eles exigem que Evo Morales anule uma nova lei que endurece o controle do comércio interno de folhas de coca, e pedem a demissão de dois ministros do governo atual.

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