Já chega a sete o total de suspeitos presos hoje durante a Operação Biscoito para desarticular a milícia "Piraquê", que controla comunidades em Pedra de Guaratiba, Ilha de Guaratiba e Barra de Guaratiba, na zona oeste do Rio de Janeiro. A quadrilha é integrada por pelo menos um policial civil, dois agentes militares e um subtenente do Exército.
Realizada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público (MP), a ação é coordenada pela Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO/IE). Cerca de 90 policiais, de várias delegacias especializadas e distritais participam da ação com o objetivo cumprir dez mandados de prisão e 18 de busca de apreensão nos endereços dos suspeitos e no Centro Comunitário Paulo Rogério Pereira.
O grupo, investigado desde o início do ano, cobrava uma "taxa de segurança" e "comissões" sobre a venda de imóveis e terrenos, o monopólio da comercialização com ágio de botijões de gás e a redistribuição ilegal de sinais de TV a cabo nas comunidades da zona oeste da cidade.
Os integrantes do grupo praticavam espancamentos, torturas e homicídios de pessoas que resistem ao seu domínio em plena luz do dia e em locais de aglomeração. A operação também agiu em Santa Cruz contra o comércio de combustíveis adulterados e gás a preços superfaturados, supostamente controlados por milicianos.
De acordo com a denúncia, o policial civil Eduardo Pinto da Cunha usava armas e viaturas da 43ª Delegacia de Policia, de Guaratiba, para respaldar a atuação dos outros integrantes. O policial militar Ubirajara Rodrigues Gama Filho, do 31º Batalhão de Polícia Militar (BPM) do Recreio, Geraldo Maranhão da Costa, o subtenente do Exército Marco Antonio Cosme Sacramento e o agente militar Marcos Antonio Pisente Carvalho, lotado no 10º BPM (Resende) também integravam o grupo.
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