Os trabalhos de limpeza prosseguem nesta quarta-feira (6) na região da Hungria afetada pelo vazamento de lama tóxica - resíduo da produção de alumínio - que deixou quatro mortos e provocou uma catástrofe ecológica.
O porta-voz dos serviços de intervenção em catástrofes, Timea Petroczi, disse à agência France Presse que cerca de 500 trabalhadores ajudam na limpeza.
- Os trabalhos de saneamento continuam com a participação de 500 pessoas. Estamos limpando as ruas e as casas com jatos d'água de alta pressão, sob a coordenação do Serviço de Saúde Nacional (ANTSZ). A limpeza dos rios também começou ontem [terça-feira].
De acordo com Petroczi, a maioria das vítimas internadas sofreu queimaduras provocadas pelo resíduo, que é corrosivo.
- O balanço mais recente é de quatro mortos, três pessoas desaparecidas e 123 feridos, 61 deles hospitalizados, sobretudo por queimaduras provocadas pela lama tóxica.
O governo húngaro decretou nesta terça-feira (5) estado de emergência em três áreas do oeste do país após o acidente em uma fábrica de alumínio de Ajka - 160 km ao oeste de Budapeste -, onde um depósito se rompeu e provocou o vazamento de mais de 1 milhão de metros cúbicos de lama vermelha tóxica nas cidades próximas.
O acidente virou uma catástrofe ecológica e ameaça a fauna e a flora da região do rio Danúbio. Segundo o porta-voz, os encanamentos de água não correm risco de contaminação, mas por medida de precaução está proibido utilizar os poços.
O governo também proibiu o uso para alimentação da vegetação que esteve em contato com a lama, assim como a caça e a pesca nas zonas declaradas em estado de emergência.
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