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Assessora de Marielle diz que estava distraída na hora do crime

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Única sobrevivente do ataque ao carro da vereadora Marielle Franco (PSOL), a assessora de imprensa que estava com a psolista disse que estava distraída e que não conseguiria identificar o modelo do carro de onde saíram os

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 16.03.2018, 22:50:00 Editado em 16.03.2018, 22:50:09
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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Única sobrevivente do ataque ao carro da vereadora Marielle Franco (PSOL), a assessora de imprensa que estava com a psolista disse que estava distraída e que não conseguiria identificar o modelo do carro de onde saíram os disparos na noite de quarta-feira (14), no Estácio, zona norte do Rio.

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A afirmação foi feita pela funcionária do gabinete da vereadora em depoimento na Delegacia de Homicídios. A polícia mantém seu nome em sigilo por questão de segurança.

Na delegacia, a mulher contou que só ouviu Marielle dizer "ué?" antes de escutar os tiros. Em seguida, a assessora se abaixou no banco.

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Já o motorista Anderson Gomes teria dito apenas "ai" durante a ação criminosa, segundo depoimento prestado pela assessora na madrugada de quinta-feira (15). Na sequência, ela disse que puxou o freio de mão para o carro parar. 

Marielle foi atingida por quatro tiros na cabeça. Já o motorista recebeu três tiros nas costas.

Foram feitos 13 disparos, mas nenhum acertou a funcionária do gabinete da vereadora. Ela foi ferida apenas pelos estilhaços.

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Na delegacia, a mulher negou que a política tenha relatado sofrer alguma ameaça. 

Aos agentes, ela contou que um assessor da vereadora teria sido abordado em um ônibus há menos de duas semanas por um homem que, em "tom ameaçador", perguntou se ele trabalhava com Marielle.

A vereadora é nascida no complexo de favelas da Maré, uma das regiões mais violentas da cidade.

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No mês passado, ela foi nomeada relatora da comissão que acompanhará a intervenção federal na Câmara Municipal do Rio. Marielle era contra a ação do governo federal. 

"ALMA OCA"

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Na noite de quinta, a assessora postou no twitter uma homenagem "a amiga".

Ela abre o post dizendo que está "viva. Mas de alma oca".

Em seguida, a mulher diz que "a carne, ainda trêmula, não suporta a dor que serpenteia por dentro, num looping sem fim". 

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"Minha amiga, na tentativa de calarem a sua voz, a ampliou ensurdecedoramente, em milhares de bocas. Para sempre#MarielleVive", completou.

APURAÇÃO

A Polícia identificou dois carros envolvidos no assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL). A placa de um dos veículos é adulterada. 

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Os policiais já avançaram na dinâmica do crime. De acordo com os investigadores, o carro de Marielle foi seguido pelos dois veículos desde a saída da socióloga da Casa das Pretas, na rua dos Inválidos, na Lapa, centro do Rio. 

Veja tudo o que já se sabe sobre o assassinato da vereadora Marielle:

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O local foi o último em que a vereadora passou antes de ser morta com quatro tiros na cabeça na noite de quarta-feira (14). Ela participava de um debate. 

De dois a três veículos, segundo os investigadores, participaram do crime. Os dois primeiros que trocaram sinais de farol e talvez um terceiro que emparelhou com o carro da vereadora no momento do assassinato. A polícia, porém, desconfia que um dos primeiros carros a segui-la possa ser o que emparelhou depois, mas essa confirmação depende ainda de novas análises de câmeras de rua.

Segundo imagens de câmeras de segurança da região, dois homens ficaram mais de duas horas no carro aguardando a saída socióloga. O veículo dos suspeitos estava estacionado atrás do usado pela vereadora.

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No período em que Marielle participava do debate, os suspeitos foram vistos falando ao celular. A polícia tenta identificar os interlocutores da dupla nas conversas telefônicas e dados das operadoras estão sendo coletados.

Nas cenas flagradas por câmeras na Lapa é possível ver que os carros chegaram a trocar sinais de farol logo após a saída do veículo da socióloga de lá.

Após o carro de Marielle sair da rua dos Inválidos, as câmeras registraram os dois carros deixando também o local. 

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A placa de um carro suspeito de levar criminosos envolvidos no assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) foi identificada pela polícia do Rio. De acordo com os investigadores, imagens de câmeras de segurança da região da Lapa registraram dois homens parados dentro de um veículo por duas horas nas cercanias da Casa das Pretas, na rua dos Inválidos.

A polícia tenta identificar os interlocutores da dupla nas conversas telefônicas, e dados das operadoras estão sendo coletados. A polícia trabalha agora com a hipótese de que mais de um carro participou da ação que terminou com a morte da vereadora.

Minutos mais tarde, Marielle e o motorista Anderson Pedro Gomes foram mortos no Estácio, zona norte do Rio. A assessora da vereadora sobreviveu. Nada foi roubado.

A vereadora foi morta quando um carro emparelhou com o seu e disparou 13 tiros.

O percurso da Casa das Pretas até o local do crime foi de cerca de 4 km. Nesta sexta, os policiais voltaram a fazer o trajeto.

Marielle estava em um carro de vidro escuro, no banco de trás, do lado direito do veículo, onde se concentraram a maior parte dos disparos. 

Por causa da dinâmica usada pelos criminosos na morte de Marielle, a principal hipótese dos investigadores é de crime premeditado.

Desde o mês passado, a Segurança Pública do Rio está sob o comando do Exército. No mês passado, a vereadora foi nomeada relatora da comissão que acompanhará a intervenção federal na Câmara Municipal. Marielle era contra a ação do governo federal. No dia 10, ela publicou um texto em suas redes sociais denunciando abusos do 41º batalhão da PM contra moradores da favela de Acari.

Socióloga formada pela PUC-Rio e mestra em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Marielle obteve 46.502 votos na última eleição.

Assaltos são frequentes na região em que Marielle foi morta. O vereador Renato Cinco (PSOL) foi roubado na madrugada de quinta (15). Ao voltar para casa após um ato em homenagem à companheira de partido. Renato teve o carro cercado por ladrões na esquina das ruas Joaquim Palhares e João Paulo 1º, no Estácio.

A esquina fica a cerca de 400 metros de distância do local do assassinato da vereadora. Na ação, a chave do carro quebrou e os ladrões levaram apenas celulares e objetos pessoais. O roubo aconteceu cinco horas depois da morte de Marielle.

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