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Munição liga caso Marielle a maior chacina da história de SP 

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A munição que matou a vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) na última quarta-feira (14) foi comprada pela Polícia Federal em dezembro 2006. A informação foi divulgada pelo "RJTV", da TV Globo. O lote de munição desse c

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 16.03.2018, 14:30:00 Editado em 16.03.2018, 14:30:09
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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A munição que matou a vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) na última quarta-feira (14) foi comprada pela Polícia Federal em dezembro 2006. A informação foi divulgada pelo "RJTV", da TV Globo.

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O lote de munição desse caso no Rio é o mesmo encontrado em agosto de 2015 em Osasco e Barueri, na Grande São Paulo, naquela que é considerada a maior chacina do estado de São Paulo, com 17 mortos.  À época, a investigação descobriu que parte das cápsulas encontradas no local do crime pertencia ao lote UZZ-18, comprado pela PF de uma empresa privada. Neste caso de SP, três policiais militares e um guarda civil foram condenados pela chacina.

A perícia do Rio identificou a origem da munição que matou a vereadora com base nas cápsulas das balas encontradas na cena do crime. A munição teria sido comprada pela Polícia Federal de Brasília. Ainda de acordo com o jornal, a munição não tinha sinais de modificações. Marielle morreu com tiros de pistola calibre 9 milímetros.

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Em nota conjunta, a Polícia Federal e a Polícia Civil do Rio não confirmaram a informação específica, mas afirmaram que estão apurando a denúncia. A PF ajuda nas investigações, embora a Civil seja a principal responsável pelo caso. 

Não é possível dizer ainda que o grupo da chacina em São Paulo tem relação com quem matou a vereadora carioca. É comum desvios de munição comprada por órgãos oficiais. Também é comum que cápsulas de projéteis já disparados sejam reaproveitadas. 

Marielle foi morta com quatro tiros na cabeça, em crime com indícios de ter sido premeditado. A vereadora deixou, na última quarta-feira (14), um debate na Lapa, centro do Rio, em carro junto com motorista e uma assessora. Quatro quilômetros depois, no bairro do Estácio, o carro em que ela estava foi alvejado por ao menos nove tiros.

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A maior parte dos disparos foram efetuados justamente no lado direito do veículo, na parte do banco de trás, onde estava a vereadora. O motorista, Anderson Pedro Gomes, 39, foi atingido por três tiros nas costas. A assessora sobreviveu sem ferimentos graves.

O carro tinha vidros escuros. Os quatro tiros na cabeça da vereadora reforçam a tese de assassinato premeditado. O Disque Denúncia já recebeu pelo menos dez denúncias sobre o caso. 

Um policial civil experiente que conversou com a reportagem na condição de não ter seu nome divulgado afirmou que é raro que o atirador consiga acertar quatros tiros na cabeça da vítima. Isso mostraria que o assassino tinha experiência nesse tipo de crime. 

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Quando a vítima não está sob jugo do agressor, costuma haver um ou dois tiros na cabeça e o restante no corpo. Segundo esse policial, requer certa técnica atirar em curto espaço de tempo quatro tiros num mesmo alvo por conta do recuo da arma durante o disparo. 

A polícia investiga se dois carros participaram da ação contra a vereadora. De acordo com investigadores do caso, a polícia já identificou a placa de um dos carros suspeitos de participar do crime. Esse carro teria sido flagrado em uma câmera de segurança estacionado por duas horas em frente ao local onde Marielle participou de um debate na quarta-feira. 

Segundo investigadores, seria possível ver no vídeo que os carros fazem sinais com farol um para o outro quando a vereadora deixa o debate na Lapa. Quatro quilômetros adiante ela seria morta.

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