FERNANDA EZABELLA
LOS ANGELES, EUA (FOLHAPRESS) - O presidente Donald Trump foi recebido com protestos, mas também com cartazes e gritos de apoio, em sua primeira visita à Califórnia, na manhã de terça (13).
O Estado é considerado marco zero na resistência contra seu governo, em especial por suas políticas de imigração, ambiente e legalização da maconha.
A passagem seria rápida. Ele foi a San Diego para inspecionar protótipos do muro que pretende construir na fronteira com o México e era aguardado à noite num jantar em Los Angeles, cujos ingressos iam de US$ 35 mil a US$ 250 mil. Sua partida aconteceria na quarta (14).
Em um breve discurso, Trump disse que o governador californiano, Jerry Brown, é "até um cara bacana", mas está "fazendo um trabalho terrível". Também criticou a prefeita de Oakland, perto de San Francisco. No final de fevereiro, ela alertou a população sobre uma grande operação de agentes federais de imigração que, dias depois, prenderam 232 pessoas.
Brown respondeu ao ataque horas depois, via rede social. "Obrigado pela lembrança, mas pontes ainda são melhores do que muros", escreveu o democrata.
A Califórnia, Estado mais populoso do país com 39 milhões de habitantes, passou um projeto de lei no ano passado transformando a região em "santuário", o que impede que autoridades locais ajudem na execução de ordens federais de imigração e protege mais de 2 milhões de moradores ilegais.
Protestos estavam agendados para sua chegada a Los Angeles, no fim da tarde.
Em San Diego, apoiadores do governo exibiam bandeiras e cartazes em favor do muro ao lado de grupos que foram se manifestar contra o presidente.
"Este muro é um símbolo de ódio e um monumento à supremacia branca neste país. Precisamos acabar com isto", disse ao jornal "Los Angeles Times" a professora Judith Castro, 27, que tirou folga para ir protestar perto da fronteira.
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