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Com baixa vacinação de jovens, governo faz apelo por parceria com escolas

NATÁLIA CANCIAN BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Diante das baixas coberturas de vacinação de adolescentes, o Ministério da Saúde fez um novo apelo às escolas para tentar retomar a parceria na aplicação de doses contra HPV e meningite C e anunciou uma campanha

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 13.03.2018, 15:10:00 Editado em 13.03.2018, 15:10:09
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NATÁLIA CANCIAN

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Diante das baixas coberturas de vacinação de adolescentes, o Ministério da Saúde fez um novo apelo às escolas para tentar retomar a parceria na aplicação de doses contra HPV e meningite C e anunciou uma campanha de "esclarecimentos" sobre a vacina.

A ideia é lançar um vídeo convocando cerca de 10 milhões de adolescentes a se vacinarem e aumentar a atuação nas redes sociais contra mitos e notícias falsas relacionadas ao tema.

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"O que é colocado nas redes sociais são informações sem evidência científica, mitos que acabam circulando de forma mais forte", afirma a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Carla Domingues. "Queremos combater [esse mitos e notícias falsas] com informações verdadeiras", relata.

Desde que passou a ser ofertada no SUS, há quatro anos, a vacina contra o HPV tem mantido baixos índices de adesão entre adolescentes, público que costuma ser mais resistente a procurar as unidades de saúde.

Atualmente, apenas 48,7% das meninas de 9 a 14 anos, a quem a vacina é recomendada, já tomaram as duas doses necessárias para proteção. Se considerada apenas a primeira dose, o índice é de 79%. 

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A meta, porém, era atingir ao menos 80% do público-alvo -parâmetro ideal para a estratégia ter sucesso como política pública.

Entre os meninos de 11 a 14 anos, outro público ao qual a vacina passou a ser ofertada no ano passado, a adesão à vacina também tem sido baixa: apenas 43,8% já tomaram a primeira dose. 

Para o ministério, pesam nesse cenário tanto mitos e boatos disseminados sobre a vacina quanto a dificuldade em imunizar adolescentes, problema também registrado em outros países.

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"É um público que dificilmente conseguimos levar aos postos de saúde, nem sozinhos nem acompanhados pelos pais", afirma o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Segundo ele, a pasta pretende agora fazer uma nova tentativa de retomar a parceria com as escolas para ofertar a vacinação. A ideia é aumentar a pressão sobre prefeituras e pedir apoio ao Ministério da Educação para organizar a programação junto às escolas.

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Desde o ano passado, a pasta também mantém o programa Saúde na Escola, que prevê que diretores verifiquem a atualização da caderneta vacinal dos alunos. 

"Faço um apelo aos diretores de escolas para que faça programação com a unidade de saúde do seu bairro para que possamos fazer esse trabalho", afirmou. 

Essa, porém, não é a primeira vez que o governo anuncia que pretende voltar a ofertar a vacina nas escolas. Questionado, Barros admite que houve menor adesão no ano passado, mas atribui a dificuldade em retomar a parceria ao fato do programa Saúde na Escola ter sido firmado após o início do ano letivo.

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MENINGITE C

Além da vacinação contra o HPV, a ideia é que escolas e unidades de saúde reforcem a campanha para imunização de adolescentes de 11 a 14 anos também contra a meningite C.

No ano passado, foram vacinados 2,3 milhões de adolescentes de 12 e 13 anos contra a doença -o público-alvo, no entanto, era de 7,2 milhões. 

A partir deste ano, a vacina passa a ser ofertada também para meninos e meninas e 11 a 14 anos, daí os cálculos que apontam a necessidade de vacinar até 10 milhões de adolescentes.

A medida segue mudança anunciada em 2017, quando a pasta alterou o esquema de vacinação contra a doença, incluindo a oferta de uma dose de reforço também na adolescência.

Antes, a vacina era indicada apenas para crianças, com uma dose aos três meses, outra aos cinco meses e um reforço de 12 meses a até 4 anos. 

Segundo o ministério, a oferta de uma dose extra ocorre após estudos apontarem que, com o passar dos anos, a proteção tende a diminuir daí a necessidade de manter a imunização por meio de uma dose extra.

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