SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A China eliminou os limites do mandato presidencial da sua Constituição neste domingo (11), dando ao presidente Xi Jinping o direito de permanecer no cargo indefinidamente e confirmando seu status como o líder mais poderoso do país desde que Mao Tsé-tung morreu, há mais de 40 anos.
O Partido Comunista anunciou a proposta de alteração no mês passado, e nunca houve dúvida de que passaria, já que o parlamento está repleto de membros do partido leais que não se opuseram à proposta.
As alterações também incluem a inserção da teoria política de Xi na Constituição, algo que já foi adicionado à carta do partido em outubro no final de um congresso, uma façanha que nenhum outro líder desde Mao havia conquistado.
Além disso, foram incluídas cláusulas para dar um desenho institucional a um novo departamento de combate à corrupção.
Só houve dois votos "não" e três abstenções, em um conjunto de quase 3 mil delegados.
Xi emitiu o seu voto primeiro, no pódio na frente do corredor, seguido sucessivamente pelos outros seis membros do comitê permanente de elite do partido, que administra a China.
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