SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Na quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, a atriz Thaila Ayala resolveu fazer um texto em que reflete sobre como, desde a infância, sofreu com a ideia de que meninos e meninas não poderiam fazer as mesmas coisas.
"Eu cresci achando que eu tinha nascido no sexo errado, queria porque queria ser menino, nem ligava quando minha própria irmã me chamava de Maria João, queria ser menino porque eles podiam fazer tudo que eu gostava, jogar futebol, andar de skate, lutar, usar boné e roupas largas. Enfim, cresci achando que isso são coisas de meninos e não meninas e mesmo assim eu fiz todas elas! Desde cedo lutei contra uma sociedade machista, mesmo sem saber do poder que isso traria para minha vida", falou ela.
Já adulta, ela disse que nunca se livrou dessa ideia de que assumia um papel que deveria ser do homem. "Muitas vezes fui chamada de 'O homem da casa' por pagar as contas de casa, ou cansei de ouvir 'a Thaila é um menino, ela pensa e age como um menino' porque eu acredito e defendo a liberdade", lembrou.
Por fim, ela disse que ainda hoje a sociedade é machista e que a luta é pela igualdade. "A verdade é que nós somos impregnadas por ideias machistas SIM e que nos são impostas goela abaixo mas está nas nossas mãos a mudança, e essa mudança pode e deve começar com você, na sua casa, no seu trabalho, no meio que você vive! Nós somos livres para sermos quem e o que quando e onde quisermos! Nós somos fortaleza, poder, força, delicadeza, amor, mãe, jogadoras de futebol, lutadoras, skatistas, nos somos mulheres. Parabéns para nós", concluiu.
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