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Morre aos 90, em Buenos Aires, último presidente militar da ditadura argentina

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SYLVIA COLOMBO

BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - Morreu nesta quarta (7) o general Reynaldo Bignone, último militar presidente da Argentina antes da redemocratização do país, em 1983.

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Bignone, que tinha 90 anos, estava internado num hospital militar, mas vinha cumprindo pena pelas cinco condenações que recebera por crimes de lesa-humanidade.

Em 2016, foi condenado a 20 anos de prisão pela participação nos crimes da Operação Condor (cooperação entre governos militares do Cone Sul, para troca de inteligência e perseguição a opositores).

Em 2017, foi condenado à prisão perpétua por sequestros, torturas e assassinatos ocorridos em 1976 e 1977 num centro de repressão do regime militar (1976-1983).

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Também fora considerado culpado por roubos de bebês (filhos de opositores mortos pela repressão e entregues a famílias de confiança de militares), sequestros e torturas.

Seu breve mandato como presidente (de 1º de julho de 1982 a 10 de dezembro de 1983) teve como objetivo lidar com as consequências da derrota do país para o Reino Unido na Guerra das Malvinas.

As Forças Armadas, porém, já estavam bastante desprestigiadas, e a pressão da sociedade e dos organismos internacionais por eleições diretas ganhava força.

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Antes de convocá-las, Bignone promulgou uma lei de anistia --que, porém, foi anulada quando o presidente eleito, Raúl Alfonsín (1927-2009), deu início ao Julgamento das Juntas, em 1985, em que foram condenados tanto comandos militares como líderes guerrilheiros.

Bignone se beneficiaria de indulto na gestão do peronista Carlos Menem (1989-1999). Porém, quando Néstor Kirchner chegou ao poder, em 2003, todas as anistias e os indultos foram anulados.

Desde então, mais de 1.000 militares foram julgados, e 700 condenados a penas de prisão. Bignone foi um deles.

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