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Promotoria apura supostas regalias em espaço para visitas íntimas em Benfica

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FELIPE BÄCHTOLD

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O Ministério Público do Rio investiga a construção de um espaço para visitas íntimas na cadeia pública de Benfica, que abriga presos da Operação Lava Jato no Estado.

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Imagens feitas em inspeção em fevereiro mostram que nessa ala, até então desconhecida dos promotores, havia quartos equipados com TV, lâmpada vermelha, televisão e colchão de casal. Um deles foi decorado com um coração vermelho pintado. As fotos foram antecipadas pelo jornal "O Dia".

Para a Promotoria, a qualidade das instalações levanta suspeitas sobre eventuais regalias a presos. Apenas 27 detidos da unidade, sendo dois da Lava Jato, têm autorização judicial para receber visitas íntimas, mas havia seis quartos disponíveis para esse fim no local.

Além disso, segundo a promotora Andréa Amin, a área era apresentada em inspeções anteriores como um espaço em obras, que por isso não chegou a ser vistoriada. Uma denúncia anônima levou promotores a pedir para que todos os espaços do quarto andar do prédio fossem inspecionadas.

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"O dado [denúncia] que chegou até a mim, desculpa o termo, foi que tem um motelzinho instalado em Benfica", disse a promotora Andreia Amin.

Ela disse que serão apuradas as circunstâncias e a época da construção do espaço, já que a gestão anterior da Secretaria da Administração Penitenciária dizia que havia poucos recursos disponíveis para melhorias nas instalações.

"Televisão, o piso, isso não é normal nas outras unidades prisionais", afirmou o procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem.

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Até o momento não há, porém, elementos que liguem a construção do espaço com pedidos de presos da Lava Jato.

Supostos privilégios a presos da operação já resultaram na saída do secretário de Administração Penitenciária do estado, Erir Ribeiro Costa Filho, afastado pela Justiça em janeiro.

O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB) acabou transferido para o Paraná em janeiro devido a supostas regalias que recebia na cadeia carioca.

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Estão em Benfica outros presos de expressão da operação, como Jorge Picciani, presidente afastado da Assembleia Legislativa, e Wilson Carlos, ex-secretário estadual.

NOVA INSPEÇÃO

Segundo o secretário de Administração Penitenciária, David Anthony, uma nova inspeção foi feita em celas da cadeia nesta quarta (7) e encontrou itens não permitidos com presos da Lava Jato. Ele disse que foram apreendidos R$ 10 mil em espécie.

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A nova gestão e o Ministério Público estão fazendo uma apuração em contratos da pasta e disseram ter encontrado problemas, como dispensa de licitação para a contratação de fornecedores.

David Anthony, que é delegado da Polícia Civil fluminense, continuará à frente da secretaria mesmo com a intervenção federal na área da segurança no estado.

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