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Jungmann compara crise da segurança no país à hiperinflação dos anos 80

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ROGÉRIO PAGNAN

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, comparou nesta terça-feira (6) a atual crise do setor com os tempos de hiperinflação vividos nos anos 1980 que, segundo ele, geraram entraves na sociedade brasileira.

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"Assim também hoje é a questão da violência, questão da segurança pública: é irrespirável! Nós temos que afastar esse obstáculo", disse.

Sem citar nomes, ele afirmou ainda que vai convidar os maiores empresários do país e representantes das igrejas e de sindicatos para participarem de ações contra o crime organizado.

O ministro também disse que vai usar recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para financiar a compra de equipamentos de segurança para as polícias.

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As declarações de Jungmann foram feitas na abertura de uma feira de equipamentos para segurança pública em São Paulo, onde ele também se reuniu com os comandantes das Policiais Militares dos 26 estados, além do Distrito Federal.

Sobre a intervenção federal no Rio, o ministro afirmou que a situação vai melhorar. "Teremos resultados nos próximos meses". 

HABILIDOSO

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Quem convive com Jungmann garante que a escolha de seu nome para a nova pasta da segurança se deu pela habilidade que ele tem em ganhar a confiança do presidente e sua capacidade de transitar entre políticos e militares.

Jungmann participou de todo o processo que resultou na intervenção federal na segurança pública do Rio e, junto com Moreira Franco, foi responsável por viajar à capital fluminense para convencer o governador Luiz Fernando Pezão (MDB) de que a ação era imprescindível para o Palácio do Planalto.

Ali ele já sabia que o presidente cogitava seu nome para chefiar o novo ministério. E mostrava-se animado. Vaidoso, Jungmann viu a possibilidade de voltar a ter protagonismo político. 

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Na década de 1990, ele foi ministro do Desenvolvimento Agrário e de Política Fundiária do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), mas, nas últimas eleições, em 2014, conseguiu apenas uma vaga de suplente de deputado federal pelo PPS.

Mesmo antes de ser empossado, deu declarações polêmicas sobre a ação no Rio, considerando a possibilidade de mandados coletivos de busca e apreensão e até captura coletiva de suspeitos.

O objetivo do governo Temer -e o pernambucano sabia disso- era transformar a intervenção no Rio em uma política de Estado, que, se bem executada, poderá render reflexos eleitorais para uma possível candidatura do presidente à reeleição.

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Quando tomou posse, Jungmann subiu no palanque e fez um discurso longo, de quase 40 minutos, em que disse que abandonava sua vida política e culpava os usuários de droga de classe média por financiar o tráfico.

Amigos disseram, com ironia, que ele estava rememorando o período em que era filiado ao Partido Comunista Brasileiro -os políticos da sigla tinham o costume de falar por horas para pregar suas convicções.

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