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Queremos uma paz em que não triunfe a impunidade, diz candidata colombiana

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SYLVIA COLOMBO

BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - Ministra da Defesa durante a gestão de Álvaro Uribe -de quem se afastou depois do cargo- e candidata à Presidência em 2014, a advogada conservadora Marta Lucía Ramírez, 63, representa, nas eleições presidenciais da Colômbia, em 27 de maio, um espaço mais à direita que os seguidores do ex-presidente.

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Defendeu o "não" no plebiscito do acordo com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) por considerá-lo concessivo demais, é contra a regulamentação das drogas e considera que o país não tem como absorver sozinho os venezuelanos.

Pergunta - Qual é o principal desafio da Colômbia hoje? A que a sra. se dedicaria em primeiro lugar?

Marta Lucía Ramírez - Institucionalizar o país e conseguir que todos, sem distinção, estejamos submetidos ao império da lei. Do ponto de vista econômico, o governo que está saindo deixou o Estado sem fundos e não avaliou bem sua gestão do gasto público. Devemos aumentar nossa arrecadação, eliminar gastos desnecessários e apostar na diversificação da nossa economia.

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Qual será o peso, nessas eleições, da opinião dos colombianos sobre a implementação do acordo de paz com as Farc?

Ramírez - Muitos colombianos ainda não estão satisfeitos com a decisão que o governo de Juan Manuel Santos tomou de desrespeitar o resultado do plebiscito de 2016 [em que venceu o "não" ao acordo de paz].

Nós que defendemos o "não" também queremos a paz, mas uma paz com condições, uma paz em que a impunidade não triunfe.

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A suspensão das negociações com o ELN (Exército de Libertação Nacional) terá impacto nas eleições? Em que sentido?

Ramírez - Penso que aumentará a incerteza dos colombianos sobre a viabilidade dos acordos de paz, pelo menos do modo como são estabelecidos sob os parâmetros deste governo.

No meu governo, eu assumirei e liderarei essas negociações, mas pensando sempre em fazer valer o interesse dos colombianos, estabelecendo as bases para que se cumpram as condições mínimas para a paz, com as premissas de verdade e reparação.

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Mas a sra. revisaria o acordo de paz com a Farc?

Ramírez - Sim. Especialmente no que diz respeito a indultos e anistias para a base guerrilheira. Eu colocaria mais foco em se fazer Justiça, algo relegado no acordo atual [em que se estabeleceu um foro especial para os ex-guerrilheiros, se ofereceram indultos e anistias para crimes menores e reparação às vítimas nos demais].

Os números da macroeconomia são bons para a média da região, mas ainda há muita desigualdade. Como faria para que a boa performance econômica se converta em benefícios aos mais humildes?

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Ramírez - Temos de atacar o problema em duas frentes. De um lado, precisa-se de crescimento, e de outro, justiça social. Além da redução de impostos, planejo enfrentar a informalidade do mercado de trabalho e o desemprego.

Isso se pode melhorar através de soluções como promover o empreendedorismo e diminuir a carga tributária empresarial para criar empregos formais e de qualidade.

O presidente Santos vem dizendo que é hora de pensar em alternativas para a guerra contra o narcotráfico. A sra. apoiaria um debate sobre a regulamentação ou legalização de algumas drogas, como fez o Uruguai recentemente?

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Ramírez - Não. A droga já se vende aqui até nos colégios e tende a empregar em seu negócio as pessoas com mais baixos recursos. Apoiar uma legalização ou regulamentação agora não contribuirá para melhorar a educação ou as condições trabalhistas de uma pessoa.

Além disso, não percebo efeitos sociais positivos da regulamentação ou legalização das drogas para a cidadania.

O que a sra. propõe para resolver a difícil situação na Venezuela e o impacto que esta crise tem na Colômbia?

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Ramírez - A situação da Venezuela tem de ser resolvida pelos venezuelanos. Porém, como povos irmãos, a Colômbia tem responsabilidade histórica.

Porém, a Colômbia não pode ser o único país a acolher os que dali fogem nem pode oferecer oportunidades a todos os venezuelanos que cruzam nossas fronteiras.

Por isso, vou propor uma definição de cotas na região latino-americana para que se distribuam mais oportunidades aos venezuelanos que deixam seu país em busca de uma melhor condição de vida. Por outro lado, trabalharemos para frear a imigração ilegal.

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