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Foo Fighters entrega pacote completo de rock and roll em São Paulo

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THALES DE MENEZES

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Se o rock morreu, como muita gente decreta por aí, alguém precisa mandar um WhatsApp para Dave Grohl e avisá-lo. Porque ele e sua banda, a americana Foo Fighters, fizeram na noite da última terça (27) uma celebração de rock and roll no Allianz Parque, em São Paulo.

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Foi uma apresentação que pode servir para um teste definitivo: se a pessoa quer saber se gosta de rock, deve assistir a este show. Em duas horas e meia que passaram voando, o Foo Fighters mostrou todos os itens necessários para uma grande noite do gênero.

Primeiro: energia. Depois de apenas quatro músicas, o vocalista e guitarrista Dave Grohl estava completamente encharcado de suor. E também o baterista Taylor Hawkins, que a cada ano prova ser o melhor homem de bumbos e pratos do rock atual. Enquanto os outros membros da banda (hoje um sexteto, com mais três garotas fazendo coro em algumas música) são tranquilos no palco, Grohl e Hawkins estão ligados na tomada.

Segundo: simpatia. Poucos shows são tão alto astral como o do Foo Fighters. É óbvio que os caras estão se divertindo muito, e é entre sorrisos e risadas que eles se entregam como se cada show fosse o último da banda. Grohl é ótimo como mestre de cerimônia. Faz piadas, bajula o público ("Vocês são a plateia perfeita, a mais barulhenta que já encontramos") e professa seu amor ao rock ("Vocês gostam de rock? Espero que sim, porque vocês estão hoje numa casa de rock and roll!").

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Terceiro (e mais importante): repertório. O Foo Fighters faz rock. E ponto. Não cabe mais nenhum rótulo. Som de guitarra, rápido, de bateria espancada sem piedade. A banda consegue manter uma fúria punk, e talvez grunge (afinal, Grohl era baterista do Nirvana), mesmo quando insere frases melódicas no meio do barulho, como ganchos para fisgar o público.

"Learn to Fly" (terceira da noite e primeira a gerar catarse), "My Hero", "Times Like These" e "Everlong" (essa em versão festiva para encerrar o bis) são exemplos desse rock inebriante. Engraçado: o Foo Fighters não tem um "grande" disco, um daqueles para disputar lugar entre os 50 melhores álbuns da história e coisa assim, mas sua coleção de canções grudentas e empolgantes em 23 anos de carreira é extensa. A banda conquista pelo conjunto da obra.

Grohl e seus parceiros ouviram muito rock bom na vida, e o já tradicional bloco de covers no meio do show deixa algumas dessas influências bem claras. Como no último domingo (25), no Rio, a banda tocou Alice Cooper ("Under Wheels"), Ramones ("Blitzkrieg Bop") e três do Queen, "Another One Bites the Dust", "Love of My Life" e "Under Pressure". Esta última, dueto consagrado de Freddie Mercury e David Bowie, é o momento em que Grohl vai para a bateria e Hawkins, louco pelo Queen, vai à frente para assumir o vocal.

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Foi um show devastador, com instantes antológicos e muito bom humor. Grohl chamou para o palco um casal da plateia e o rapaz pediu a moça em casamento na frente de 40 mil pessoas. Ela aceitou. Depois a dupla não queria sair de lá, e Grohl precisou "expulsar" os dois. "Saiam do meu palco! Vão logo fazer bebês!", berrou.

O show anterior na noite teve um grande contraste com o principal. O americano Queens of the Stone Age também faz rock acelerado, até com mais peso do que o Foo Fighters, mas tem uma postura carrancuda. Josh Homme, seu líder, parece se levar demais a sério, erro que seu amigão Grohl não comete. Mas foi um bom esquenta, iniciado antes pela banda brasileira Ego Kill Talent, com músicas em inglês e começando a entrar no circuito de festivais gringos.

A turnê brasileira tem mais três shows. Nesta quarta (28), o segundo no Allianz Parque. Na sexta (2/3), a apresentação é na Pedreira Paulo Leminski, em Curitiba, fechando depois a visita ao Brasil no domingo (4), no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre.

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