Leia a última edição
--°C | Apucarana
Euro
--
Dólar
--

Geral

publicidade
GERAL

Regime sírio mata ao menos 250 em 48 horas em enclave rebelde

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Telegram
Siga-nos Seguir no Google News
Grupos do WhatsApp

Receba notícias no seu Whatsapp Participe dos grupos do TNOnline

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Ataques realizados por tropas do regime de Bashar al-Assad contra um enclave rebelde perto da capital, Damasco, deixaram ao menos 250 mortos (incluindo 58 crianças) entre as noites de domingo (18) e terça-feira (20), informou a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

Trata-se do maior número de vítimas em um intervalo de 48 horas no conflito daquele país desde um ataque químico na mesma região em 2013. Só na terça, segundo o Observatório, 106 pessoas morreram. O total de feridos nos dois dias chega a 1.200.

publicidade
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.

Grupos de defesa dos direitos humanos que se opõem ao ditador afirmaram que a área de Ghouta (que congrega cidades-satélites e fazendas a leste de Damasco) foi alvo de uma série de bombardeios feitos por aviões e helicópteros. Mísseis terrestres também teriam sido usados.

Sob cerco do Exército desde 2013, o enclave tem cerca de 400 mil habitantes.

Os rebeldes temem que os bombardeios sejam o prenúncio de um ataque terrestre, já que aumentou o contingente de soldados sírios naquele perímetro nos últimos dias.

publicidade

Desde 2015, quando passaram a receber ajuda da Rússia, as forças leais a Assad têm ganhado território na guerra civil, que já dura sete anos.

A União de Assistência Médica e Organizações de Socorro, entidade internacional que financia serviços de saúde na Síria, afirmou que cinco hospitais foram destruídos nos ataques.

A comunidade internacional condenou vigorosamente a investida de Damasco. A França descreveu os bombardeios como "uma violação séria do direito humanitário internacional".

publicidade

Já a porta-voz do Departamento de Estado americano, Heather Nauert, declarou que a recente escalada da violência na Síria preocupavam Washington profundamente. "As táticas de cerco e de morte por fome do regime de Assad estão agravando o desastre humanitário por lá", disse ela, acrescentando que os EUA apoiam o apelo da ONU por um cessar-fogo de um mês para permitir que civis recebam atendimento médico e deixem a área.

NOVA ALEPPO

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) emitiu um comunicado em branco para manifestar sua contrariedade com a situação no país. "Não temos mais palavras para descrever o sofrimento das crianças e nossa indignação", explicava uma nota de rodapé.

publicidade

O enviado da ONU à Síria, Staffan de Mistura, alertou sobre a possibilidade de Ghouta se transformar numa "segunda [batalha] de Aleppo", cidade que foi cenário de um confronto excruciante em 2016.

Representante do Exército do Islã, principal grupo rebelde em Ghouta, Mohammed Alloush comparou a ação do regime sírio à Alemanha nazista. "Um novo Holocausto está sendo feito pelo pior regime da Terra", afirmou.

O governo sírio nega ter atacado civis e disse que o bombardeio tem como alvo terroristas islâmicos que agem na região. Em resposta, os rebeldes usaram morteiros para atacar Damasco, matando ao menos duas pessoas e deixando outras seis feridas na capital.

publicidade

"A situação humanitária dos civis em Ghouta é uma espiral fora de controle", havia dito na segunda Panos Moumtzis, coordenador dos esforços humanitários da ONU no país.

Gostou da matéria? Compartilhe!

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Email

Últimas em Geral

publicidade

Mais lidas no TNOnline

publicidade

Últimas do TNOnline