A Polícia Civil prendeu na manhã desta quarta-feira (22) 16 pessoas. Todas foram levadas para a Delegacia Gomes Freire, no Centro, onde serão apresentadas. Anteriormente, o delegado Carlos Abreu, que participa da operação Consórcio para prender jovens traficantes de classe média no Rio de Janeiro, havia informado que ao menos 12 pessoas foram presas.
Oitenta homens da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, da Polícia Civil e da Polícia Militar fazem buscas desde as 6h. São 17 mandados de prisão e 15 de busca e apreensão contra traficantes de Niterói, na região metropolitana, Laje do Muriaé, no noroeste fluminense, e Búzios, na região dos Lagos. Um helicóptero e cães farejadores participam do cerco.
A maioria dos procurados é formada por jovens de classe média que contam com um sistema de fornecimento de drogas a usuários nas localidades em que atuam e em regiões próximas.
Por volta das 6h, cerca de 25 agentes invadiram uma mansão no bairro Alto da Praia Brava, em Búzios. No local, foi preso Pedro Cerqueira Madalena, o Pedrão ou Gordo.
De classe média alta, ele é apontado pela polícia como um dos responsáveis por formar uma espécie de consórcio para trazer maconha e crack do Paraguai.
Com contatos em festas e boates, Gordo e outras duas pessoas de Búzios vendiam as drogas para outros distribuidores. Por mês, segundo as investigações, o bando chegava a negociar cerca de cem quilos de maconha.
Ainda em Búzios foram presos os homens conhecidos pelos apelidos de Daniel Beicinho e Diogo Cara de Macaco.
Em Niterói, foram presos o DJ Marcelo Fróes e o irmão dele André Fróes. Na casa do primeiro, a polícia encontrou cerca de dez quilos de maconha. No bairro Icaraí, foi preso outro homem.
Buscas também em São Paulo
As investigações começaram há quatro meses e contaram com a colaboração dos setores de inteligência das polícias Civil de São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
A Secretaria de Segurança Pública do Rio conta com uma equipe também em São Paulo, onde cumpre mandados de prisão e de busca e apreensão.
A operação tem ainda o apoio do Poder Judiciário e do Ministério Público, através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado.
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