A população carcerária no Brasil ultrapassou a marca de 700 mil presos pela primeira vez na história. O dado faz parte do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias, divulgado pelo Ministério da Justiça nesta sexta-feira (8/12). Até junho de 2016, quando o estudo foi realizado, a comunidade prisional alcançou o recorde de 726.712 mil detentos.
Presos estão divididos por diferentes tipos de unidades. No sistema penitenciário, são 689 mil internos. Em secretarias de Segurança e delegacias regionais, há mais 36 mil. O total de detentos em prisões federais é de 437 mil. Via de regra, são espaços com superlotação carcerária. Mas, ainda assim, segundo o levamento, existe um déficit de 358 mil vagas em todo o Brasil.
Até junho de 2016, a população carcerária aumentou vertiginosamente: 707% em comparação com o início da década de 90, quando havia 90 mil presos no país. Somente de 2006, ano em que a população nas cadeias chegou a 401 mil, até a 2016, esse incremento foi de 81%.
Do ano 2000 até 2016, a proporção de presos comparada com o número de habitantes – a chamada taxa de aprisionamento – aumentou 157%, saltando de 137 para 352 detidos em cada grupo de 100 mil habitantes.
Ranking aponta Paraná em 3º
O estado de São Paulo tem as prisões mais populosas: são 240.061 mil detentos. Em segundo lugar, está Minas Gerais, com 68 mil, seguido pelo Paraná, onde há 51 mil presos. O Distrito Federal concentra 15 mil detentos. Já as unidades da Federação com menos presos são Amapá (2.680) e Roraima (2.339) – a imagem em destaque dessa página é de um presídio em Boa Vista (RR).
Em termos proporcionais, a Unidade da Federação que mais prende é o Mato Grosso do Sul, com 696 detentos para cada 100 mil habitantes. Em seguida, vem o Acre, com 656 presos a cada 100 mil moradores. Piauí e Maranhão estão no caminho inverso, como as unidades federativas que menos aprisionam: suas taxas são de, respectivamente, 125 e 127 presos pelo mesmo número de habitantes.
Com informações do Metropoles
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