O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, disse que as declarações do presidente da França, Nicolas Sarkozy, que afirmou que a Alemanha desmantelaria os acampamentos de ciganos em seu território, foram fruto de um "mal-entendido", e negou categoricamente a possibilidade.
"A chanceler (Angela Merkel) expressou publicamente e me informou pessoalmente como foi o desenvolvimento da conversa" com Sarkozy sobre esse assunto, disse Westerwelle, garantindo que "um anúncio assim nunca existiu" em declarações à emissora televisiva pública Deutschlandfunk.
Perante a controvérsia discutida na cúpula da União Europeia (UE) em Bruxelas nesta quinta-feira (16), Westerwelle recomendou que a França respeite o direito europeu, embora também tenha defendido o governo francês das acusações severas.
- Encurralar a França na esquina dos crimes da Segunda Guerra Mundial [1939-1945] é absolutamente inaceitável e ofensivo, e, provavelmente, causou a forte reação do presidente francês.
Ainda nesta quinta-feira (16), Merkel desmentiu, por meio de um porta-voz, Steffen Seibert, ter falado com Sarkozy,sobre o desmantelamento de acampamentos de ciganos também na Alemanha.
O presidente francês disse que a própria Merkel tinha expressado essa intenção durante a cúpula de chefes de Estado e do governo da União Europeia (UE) em Bruxelas.
Sarkozy queria deixar claro que outros governos europeus compartilham sua rejeição a esse tipo de acampamentos. A política francesa de desmantelar tais construções causou polêmica em torno das deportações de ciganos romenos e búlgaros do país.
- Veremos que efeito tem isso na vida política alemã.
O presidente francês declarou ainda que continuará desmantelando "todos os acampamentos ilegais" do país independente de quem sejam as pessoas que os habitem.
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