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Inquérito sobre queda de helicóptero que matou filho de Alckmin é arquivado

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O inquérito sobre a queda do helicóptero que matou Thomaz Rodrigues Alckmin, filho do governador Geraldo Alckmin, foi arquivado, informou o Ministério Público do Estado de São Paulo. A Justiça acatou pedido do MP de arquivamen

Da Redação

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Alckmin busca alternativa a Doria para SP - arquivo  Foto: veja.abril.com.br
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Alckmin busca alternativa a Doria para SP - arquivo Foto: veja.abril.com.br
Escrito por Da Redação
Publicado em 03.08.2017, 19:20:00 Editado em 03.08.2017, 19:21:09
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O inquérito sobre a queda do helicóptero que matou Thomaz Rodrigues Alckmin, filho do governador Geraldo Alckmin, foi arquivado, informou o Ministério Público do Estado de São Paulo. A Justiça acatou pedido do MP de arquivamento das investigações sobre eventuais crimes relacionados à queda da aeronave. O acidente ocorreu em Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo, em 2 de abril de 2015. As informações são da Agência Brasil.

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O relatório final do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), vinculado à Aeronáutica, confirmou que componentes da aeronave estavam desconectados. Segundo o relatório, os controles flexíveis (ball types) e alavancas (bellcrancks), que são fundamentais para o piloto controlar a aeronave em voo, estavam desconectados antes da decolagem. Uma das hipóteses é que o mecânico a bordo tenha se distraído, sem perceber a intercorrência.

No entanto, o MP discordou das conclusões do Cenipa, afirmando que se o controle flexível estivesse completamente desconectado, o voo da aeronave seria impossível. A promotoria informou que sua análise contou com a colaboração de cinco assistentes técnicos admitidos pela Justiça.

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De acordo com o MP, vídeos produzidos em uma simulação pelo fabricante da aeronave, a Airbus Helicopters, mostram que “não há probabilidade de a aeronave decolar com os componentes de outra forma que não a determinada no manual. Não há indícios de que tais elementos estivessem desconectados antes da decolagem”.

O documento do Cenipa apontou também falhas na organização de trabalho: “a rotina de trabalho dos profissionais da organização de manutenção era suscetível a interferências e interrupções que promoviam quebra na sequência das atividades desenvolvidas”.

O MP argumentou que, “ao contrário da investigação criminal [feita pela polícia civil ou MP], o Cenipa aponta meras hipóteses, não havendo compromisso com a descoberta da verdade real. Isto porque sua função é prevenir que outros acidentes ocorram, bastando, portanto, que sejam aventadas hipóteses para que sejam expedidas recomendações de segurança, ainda que não haja prova segura da ocorrência”.

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A falta de preservação adequada dos destroços do helicóptero prejudicou a investigação criminal, indicaram as apurações da promotoria. “As evidências sofrem normalmente interferências pela sua manipulação entre o local da queda e o local dos exames. A desconexão de componentes da cadeia de comando pode ter ocorrido em razão disso”. Como exemplo, foi citada alteração em uma pá branca que estava presa ao rotor principal no momento da queda, mas foi apresentada separada dele durante as análises.

As investigações do MP mostraram também não conformidade de serviços prestados pela Helibrás, responsável pela manutenção nas pás do rotor principal, e que não foram seguidas todas as normas mandatórias do fabricante na execução. “No entanto, não foi possível apurar a ocorrência de danos em decorrência destas inadequações”, concluiu o MP.

A reportagem procurou o Cenipa, mas não obteve retorno até a conclusão da matéria.

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