A secretária de estado norte-americana, Hillary Clinton, anunciou nesta quinta-feira (2), em Washington, a abertura oficial das negociações de paz entre israelenses e palestinos, dizendo que a presença dos dois lados já era um passo em direção à paz.
"Estando aqui hoje, cada um de vocês deu um passo rumo à liberdade de seu povo das algemas da história que não podemos mudar e se movendo em direção a um futuro de paz e dignidade que só vocês podem criar", disse Hillary, ao se encontrar com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas.
O encontro na capital norte-americana relança as negociações após um hiato de 20 meses em busca de um acordo em no máximo um ano, que estabeleça um Estado palestino independente ao lado de uma nação israelense mais segura.
Obama, que tem apostado um considerável capital político na mediação norte-americana para o conflito em um ano de eleições parlamentares nos EUA, exortou ambos os lados a agarrar a chance de paz após encontros separados na Casa Branca na quarta-feira.
"Este momento de oportunidade pode não vir tão cedo novamente. Eles não podem deixar ele escapulir", afirmou Obama após um dia fazendo diplomacia pessoal sobre um tema que frustrou várias gerações de líderes norte-americanos.
Mas os contrários às concessões que teriam de ser feitas para dar uma chance à paz ameaçaram sabotar as negociações.
Hamas promete ataques
O grupo Hamas anunciou nesta quinta que seus militantes vão manter ataques aos israelenses, e criticou a negociação entre Israel e o governo palestino da Cisjordânia.
As forças israelenses reforçaram as medidas de segurança, e a polícia palestina prendeu mais de 500 suspeitos do Hamas na Cisjordânia desde que um atirador ligado ao grupo islâmico matou quatro colonos judeus na região, na terça-feira. O Hamas controla a Faixa de Gaza, enquanto a facção Fatah, do presidente Mahmoud Abbas, governa a Cisjordânia.
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