O júri dos acusados de matar três mulheres e duas crianças há três anos em um sítio no município de Itajuípe, a 418 km de Salvador (BA), durou mais de 12 horas e acabou em condenação dos réus. Anderson Gonçalves dos Reis, 27 anos, foi sentenciado a ficar preso por 102 anos e a pena de Alex de Paula Silva, 26 anos, é de cem anos e oito meses de prisão.
Reis e Silva tentaram negar as autorias das mortes de Ediane Duarte e José Américo Júnior, as amigas Geiza Silva Santos e Leidilaura Santos e Pedro Henrique Cruz, filho de Geiza. Mas nos quatro primeiro interrogatórios eles já haviam confessado o crime. As mulheres foram mortas a facadas e a golpes de enxada. José Américo, cinco anos, e Pedro Henrique, três anos, foram afogadas em um tonel, no fundo da casa.
Os condenados apontaram o técnico em dutos da Petrobras José Américo dos Reis Filho, 56 anos, amante de Ediane Duarte e pai do garoto José Américo como mandante dos crimes. A versão dos dois é de que José Américo estaria sendo chantageado pela amante. Ela saberia de supostos desvios e roubos praticados pelo acusado na companhia petrolífera em Itabuna.
Presidido pela juíza Emanuele Leite Vita, o julgamento ocorreu no fórum da Comarca de Itajuípe. José Américo Duarte acusado de ser o mandante dos crimes irá a júri no próximo dia 15 de setembro a pedido da promotoria. O crime foi considerado triplamente qualificado no assassinato das duas crianças, e duplamente qualificado para as três mulheres. Ele nega relação com a chacina.
Deixe seu comentário sobre: "Homens são condenados a mais de cem anos por chacina na BA"