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Israelenses se mostram dividos sobre Jerusalém

O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, afirmou que o país está disposto a entregar aos palestinos Jerusalém Oriental, e que o ataque desta terça-feira (31) com o saldo de quatro colonos judeus não impedirá a nova negociação de paz, que começa nest

Da Redação

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 Ataque contra quatro colonos na Cisjordânia provocou comoção às vésperas de início de conversas
Icone Camera Foto por Marco Longari/01.09.2010/AFP
Ataque contra quatro colonos na Cisjordânia provocou comoção às vésperas de início de conversas
Escrito por Da Redação
Publicado em 01.09.2010, 22:35:00 Editado em 27.04.2020, 20:57:52
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O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, afirmou que o país está disposto a entregar aos palestinos Jerusalém Oriental, e que o ataque desta terça-feira (31) com o saldo de quatro colonos judeus não impedirá a nova negociação de paz, que começa nesta quinta-feira (2), informou o jornal israelense Haaretz. Ele foi em seguida desautorizado por um assessor do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, que disse que Jerusalém continuará sendo a “capital indivisível” do país.

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No entanto, os colonos já mostraram resistência, de acordo com outra reportagem do próprio Haaretz. O Yedioth Ahronoth, outro jornal de Israel, mostra nesta quarta-feira (1) a comoção gerada no velório do ataque de ontem.

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Um grupo judaico, o Conselho Yesha, que representa os colonos, informou em comunicado que irá desrespeitar o congelamento de novas construções na Cisjordânia nesta quarta-feira às 18h (12h em Brasília).

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Barak diz que as negociações diretas que estão sendo realizadas em Washington - as primeiras entre as duas partes em quase dois anos -, estarão baseadas no princípio de "dois Estados para duas nações".

O objetivo do novo processo de paz é "colocar fim ao conflito e a possibilidade de qualquer reivindicação futura", e para isso as partes devem negociar todos os considerados "aspectos cruciais" do conflito regional, sustentou o ministro da Defesa.

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Entre os "aspectos cruciais", Barak cita a segurança israelense, a delimitação das fronteiras do Estado palestino, uma solução para o problema dos refugiados e a questão da disputa por Jerusalém, para muitos o ponto nevrálgico do conflito na região.

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- Jerusalém Oeste e 12 bairros judeus, onde vivem 200 mil pessoas, serão nossos. Os bairros árabes, onde vivem cerca 250 mil pessoas, serão deles.

Ele acrescentou que "um regime especial regerá a antiga cidade", a parte mais disputada de Jerusalém e que abriga o Muro das Lamentações e a chamada Esplanada das Mesquitas.

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Incluído a regra sobre Jerusalém Oriental - onde os palestinos exigem fixar a capital de seu Estado independente - o plano exposto hoje pelo ministro da Defesa de Israel é muito similar ao negociado em 2000 na cúpula de Camp David, quando Barak era chefe de governo e que fracassou por sua rejeição ao retorno de todos os refugiados palestinos desde a criação em 1948 do Estado de Israel.

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No entento, o assessor de Netanyahu rebateu a entrevista de Barak.

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- A posição do primeiro-ministro é que Jerusalém é um dos assuntos centrais que está na mesa de negociações. Nossa postura é que Jerusalém continuará sendo a capital indivisível de Israel.

Sobre o ataque perpetrado ontem por milicianos do Hamas, e no qual morreram quatro colonos judeus em Hebron, na Cisjordânia, o titular israelense de Defesa afirma que "é um incidente muito sério", e considera que é "uma tentativa de impedir o início da negociação".

Barak adverte, no entanto, que o ataque "não pode atingir ou abalar o esforço nas negociações de paz".

O mediador americano George Mitchell afirmou que o processo de negociação direta que começa hoje em Washington nasce com o propósito de alcançar um acordo de paz no prazo de um ano.

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