SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira (6) que estão revisando sua permanência no Conselho de Direitos Humanos da ONU e acusaram o órgão de ter um "crônico viés anti-Israel".
"Os EUA estão olhando com cautela para este conselho e para nossa participação nele. Nós vemos algumas áreas para fortalecimento relevante", afirmou a embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, em uma reunião do organismo em Genebra.
Criado em 2006, o conselho analisa violações de direitos humanos e faz recomendações periódicas a seus 47 membros visando à proteção de garantias fundamentais.
Aliado histórico dos EUA, Israel é frequentemente criticado pelo organismo pela ocupação militar de territórios conquistados há 50 anos, durante a Guerra dos Seis Dias, e pelo tratamento dispensado aos palestinos.
Haley disse ser "essencial que o conselho resolva seu crônico viés anti-Israel se quiser ter alguma credibilidade". A embaixadora criticou o órgão por adotar, em março, cinco resoluções que considera enviesadas contra Israel, enquanto não emitiu posicionamentos sobre a situação de direitos humanos em deterioração na Venezuela.
"Enquanto a Venezuela não colocar ordem na casa, deveria retirar-se voluntariamente do Conselho de Direitos Humanos. Ser um membro desse conselho é um privilégio, e nenhum país que viola os direitos humanos deveria ter permissão para sentar-se à mesa", afirmou Haley.
Em sua resposta, o embaixador da Venezuela afirmou que o governo americano não tem autoridade moral para se colocar como juiz universal dos direitos humanos. Ele também disse que os EUA deveriam pedir desculpas pelas atrocidades que comete.
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