A escalada da violência ligada ao tráfico de drogas - que se intensificou há uma semana no Estado de Tamaulipas, no nordeste do México - se estendeu à região vizinha de Veracruz, onde nesta segunda-feira (30) oito pessoas morreram em confrontos entre militares e pistoleiros.
De acordo com o governador de Veracruz, Fidel Herrera, as autoridades investigam a possibilidade de que os criminosos pertençam ao cartel Los Zetas, acusado de assassinar 72 imigrantes - entre eles ao menos dois brasileiros - em Tamaulipas na última semana.
Os confrontos em Veracruz começaram na noite do último domingo (29), na cidade de Pánuco, de 35 mil habitantes, e prosseguiram na manhã desta segunda-feira, segundo as autoridades locais.
A troca de tiros deixou seis traficantes e um militar mortos. Cinco soldados ficaram feridos e seis traficantes foram presos, de acordo com o Exército. Uma fonte da Secretaria de Justiça disse ainda que um civil também morreu no confronto.
Os Zetas são uma organização criada nos anos 90 por ex-militares que se juntaram ao Cartel do Golfo - contra o qual lutam agora pelo controle de rotas do tráfico.
Governo quer acelerar identificação de brasileiro
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirmou nesta segunda-feira que o embaixador do país no México, Sérgio Florença, pediu às autoridades a realização de exames de DNA para verificar a identidade dos envolvidos na chacina da última terça-feira (25), no Estado de Tamaulipas.
Segundo a assessoria de imprensa do Itamaraty, a solicitação busca acelerar a confirmação da identidade de Hermínio Cardoso dos Santos, de 24 anos, o segundo brasileiro achado entre os 72 imigrantes ilegais mortos. Até agora, sabe-se que ele e Juliard Aires Fernandes, de 19 anos, estão entre as vítimas brasileiras. Fernandes, no entanto, é o único cujo atestado de óbito já foi emitido.
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