Nove pessoas com suspeita de envolvimento naquele que já é apontado como o maior assalto da história do Paraguai já estão presas, de acordo com a Polícia Federal.
O mega-assalto aconteceu na madrugada desta segunda-feira (24), quando criminosos invadiram a sede da transportadora de valores Prosegur em Ciudad del Este, próximo à fronteira com o Brasil, e roubaram cerca de US$ 40 milhões, o equivalente a R$ 120 milhões.
A sede da empresa fica a 4 km da Ponte Internacional da Amizade, na fronteira paraguaia com Foz do Iguaçu, no extremo oeste do Paraná.
A operação, que teve participação da PRF (Polícia Rodoviária Federal), polícias militar e civil e da Guarda Municipal do Paraná também apreendeu seis fuzis (um deles .50, de alta capacidade destrutiva), munições, dois barcos e sete veículos.
Na perseguição aos bandidos logo após o assalto, um policial paraguaio do GEO (Grupo Tático de Operações) foi morto. À tarde, policiais brasileiros trocaram tiros com suspeitos na região de Itaipulândia (PR). A PM informou que três suspeitos morreram e outros quatro foram presos. Mais de 50 pessoas estariam envolvidas no assalto.
MEGA-ASSALTO
Autoridades paraguaias, a Polícia Federal brasileira e a Polícia Militar do Paraná trabalham em conjunto na busca do grupo de assaltantes. Segundo a imprensa local, informações preliminares apontam para a participação da facção PCC (Primeiro Comando da Capital).
O modus operandi dessa ação lembra recentes casos ocorridos no interior de SP, com quadrilha armada com fuzis e metralhadoras, explosões e barricadas com carros incendiados para conter a perseguição policial.
Segundo o jornal local, o roubo ocorreu por volta da 0h30. Na invasão, mais de 50 assaltantes utilizaram caminhonetes com metralhadoras de combate antiaéreo e granadas.
Moradores vizinhos da sede da Prosegur foram tomados como reféns em meio aos tiroteios e explosões no edifício da transportadora de valores.
Durante a fuga, os bandidos incendiaram 15 veículos em diversas partes da cidade cinco foram encontrados pela polícia. Um deles, abandonado na frente da empresa e com chapa brasileira, foi usado para transportar explosivos e outros equipamentos. Os outros 14 foram usados para dificultar o trabalho da polícia, incluindo um caminhão que bloqueava a estrada.
O ministro do Interior paraguaio, Lorenzo Lezcano, disse à reportagem que esse foi um assalto "de dimensões que jamais existiram" no país e que os suspeitos são brasileiros. Mais cedo, ele havia afirmado à rádio "ABC Cardinal" que a maioria dos carros usada no assalto tinha placa do Brasil e que uma vítima afirmou ter ouvido os criminosos falarem em português.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) -
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