Autoridades chinesas retiraram mais de 125 mil pessoas de suas casas na Província de Liaoning, no nordeste da China, por causa da elevação das águas do rio Yalu, que marca a fronteira com a Coreia do Norte. No país vizinho, 5.000 pessoas tiveram que abandonar a área.
Neste sábado (21), 64 mil pessoas já haviam sido retiradas da cidade de Dandong, também no nordeste da China, por causa das enchentes. Ao menos quatro pessoas morreram e uma permanece desaparecida.
O Centro Meteorológico Nacional prevê mais chuva para a região de Liaoning nas próximas 24 horas, o que pode piorar a situação dos desabrigados e obrigar a novas retiradas.
Equipes da defesa civil também alertam para a possibilidade de deslizamentos de terra, que nos últimos dias mataram mais de mil pessoas em diversas regiões da China.
As chuvas também fecharam estradas e causaram interrupções nas linhas de energia elétrica e telefone, o que dificulta o acesso e a comunicação de equipes de resgate.
A China enfrenta a pior temporada de chuvas dos últimos 12 anos, com mais de 3.400 mortos contabilizados desde maio. Em 1998, inundações de rios locais mataram mais de 4.000 chineses e deixaram milhões de desabrigados.
Coreia do Norte usa navios para retirada
Aviões e navios militares norte-coreanos se movimentaram em direção à cidade fronteiriça de Sinuiju – perto de Dandong, na China - para resgatar moradores isolados que, segundo equipes de resgate, estavam "entre a vida e a morte".
As inundações paralisaram o tráfego e causaram "vários danos materiais" em solo norte-coreano. Além disso, obrigaram a população "a se refugiar nos telhados das casas e em colinas", segundo a agência KCNA.
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