As portarias do Parque da Água Branca, na zona oeste da capital paulista, amanheceram fechadas ontem para a entrada de carros. O motivo do fechamento, que surpreendeu vários frequentadores desavisados, é o início das reformas das guaritas e de edifícios próximos das portarias. Mas, além dos projetos de revitalização, o parque terá estacionamento cobrado, por meio de permissão de uso concedida a uma empresa privada.
Com cerca de 200 vagas em áreas próximas dos portões da Ruas Dona Ana Pimentel e Ministro Godoi, o estacionamento é um dos poucos ainda gratuitos na cidade. Segundo o diretor do parque, José Antônio Teixeira, a permissão de uso é estudada há cerca de dois anos e o próximo passo é a aprovação do governador Alberto Goldman (PSDB). "Uma vez autorizada a permissão de uso, entra em licitação." Ele explica, porém, que ela só pode ser aberta após conclusão das reformas, prevista para dezembro. Já a obra das guaritas deve durar três meses.
Para Teixeira, a cobrança aumenta a segurança para os carros dos usuários, além de dar receita extra à Secretaria de Estado da Agricultura para ser investida no parque. "Hoje não temos esse controle nem seguranças para fazer esse tipo de trabalho. Muita gente vai trabalhar, deixa o carro e sai por outro portão. O carro fica aqui o dia inteiro." Em uma pesquisa feita em 2008 pela empresa júnior da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP) com 300 usuários, 78% afirmam que não usam os estacionamentos.
Para Cândida Meireles, da Associação de Ambientalistas e Amigos do Parque da Água Branca (Assamapab), a cobrança é válida desde que a receita seja totalmente usada na manutenção do parque. "Se eles realmente garantirem isso, o frequentador verá o retorno e aceitará melhor." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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