MAIS LIDAS
VER TODOS

Geral

Irã altera sentenças de apedrejamento para enforcamento

A Justiça do Irã passou a modificar sentenças de morte por apedrejamento para enforcamento após a grande repercussão do caso de Sakineh Mohammadi Ashtiani, uma iraniana de 43 anos, mãe de dois filhos, que foi inicialmente condenada a morrer pela primei

Da Redação

·
 Após repercussão do caso de Sakineh Ashtiani, penas de apedrejamento foram modificadas principalmente para enforcamento; advogado denuncia manobra para manter sistema chamando menos a atenção internacional
Icone Camera Foto por Divulgação/03.08.2010/AP
Após repercussão do caso de Sakineh Ashtiani, penas de apedrejamento foram modificadas principalmente para enforcamento; advogado denuncia manobra para manter sistema chamando menos a atenção internacional
Escrito por Da Redação
Publicado em 13.08.2010, 19:50:00 Editado em 27.04.2020, 20:58:36
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

A Justiça do Irã passou a modificar sentenças de morte por apedrejamento para enforcamento após a grande repercussão do caso de Sakineh Mohammadi Ashtiani, uma iraniana de 43 anos, mãe de dois filhos, que foi inicialmente condenada a morrer pela primeira forma, informou o jornal britânico The Guardian.

continua após publicidade

Até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se envolveu na história de Sakineh e o Brasil solicitou formalmente às autoridades iranianas que liberassem a mulher para o país, algo negado por Teerã. Lula justificou sua posição no caso, justamente ao apontar a crueldade desta forma de morte.

continua após publicidade

O Guardian cita os casos de Mariam Ghorbanzadeh, de 25 anos, que estava grávida de seis meses e sofreu um aborto na prisão de Tabriz, onde está Sakineh, após agressões, de acordo com o Guardian. O jornal informa que inicialmente condenada por adultério e à morrer apedrejada, a forma de execução foi trocada para o enforcamento.

continua após publicidade

O advogado dela, Houtan Kian, disse ao Guardian que agora teme que ela seja morta mais rapidamente. Isto porque a lei iraniana não permite que a pena seja consumada enquanto ela estivesse grávida e depois porque o enforcamento atrai menos atenção e as autoridades iranianas devem tentar se livrar de “novas Sakinehs” no momento. Kian assumiu também o caso de Sakineh.

Ele disse que outra cliente, Azar Bagheri, de 19 anos, que foi presa aos 15 anos após ser acusada pelo marido de traição, também teve pena modificada. Ela estava no corredor da morte e agora levará 100 chibatadas.

continua após publicidade

Kian disse ao Guardian que todas as sentenças foram modificadas após a grande publicidade em torno do caso Sakineh.

continua após publicidade

Nesta quinta-feira (12), a mídia iraniana veiculou uma entrevista de uma mulher que se dizia Sakineh, na qual confessa ter cometido adultério. Mohammad Mostafaei, advogado dela que fugiu do Irã e atualmente está na Noruega, disse que tal depoimento foi obtido sob tortura.

Ainda sobre Mostafaei, a Anistia Internacional divulgou uma análise de seu especialista em Irã, Drewery Dyke, em vídeo comentando que a saída do advogado do Irã deixa outras pessoas vulneráveis a violações de direitos humanos. Dyke, no entanto, ressalta que o advogado não teve escolha e foi coagido pelas autoridades com a prisão de familiares.

As mulheres e homens no corredor da morte no Irã devem ao menos ter mais alguns dias de vida. Com o início do mês sagrado do Ramadã, o cumprimento das penas deve ser congelado. Atualmente há 12 mulheres e três homens esperando o apedrejamento no Irã.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Geral

    Deixe seu comentário sobre: "Irã altera sentenças de apedrejamento para enforcamento"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!