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Bruno teria planejado morte de Eliza para época da Copa

O delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) de Minas Gerais, disse nesta sexta-feira que o goleiro Bruno Fernandes de Souza planejou usar o período da Copa do Mundo, entre junho e julho, par

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 31.07.2010, 14:59:00 Editado em 27.04.2020, 20:59:00
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O delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) de Minas Gerais, disse nesta sexta-feira que o goleiro Bruno Fernandes de Souza planejou usar o período da Copa do Mundo, entre junho e julho, para sequestrar e matar Eliza Samudio, 25 anos, sua ex-amante. Para Moreira, o período foi escolhido pela ausência de jogos do Flamengo, clube do atleta. "Já estava tudo previamente planejado desde maio", disse o delegado.

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Como o jogador não foi apontado como o executor de sua ex-amante, o delegado o classificou como "autor intelectual" e disse que Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, já estava contratado desde fevereiro para executar o crime. Ainda segundo o chefe da investigação, já foi solicitada a conversão das prisões temporárias dos suspeitos em preventivas, que valem até o fim de um possível julgamento. A polícia pediu ainda, a prisão preventiva de Fernanda Gomes de Castro, 31 anos, amante do goleiro, por suspeita de envolvimento no sumiço de Eliza. Ela é a única dos nove indiciados que está em liberdade.


O Ministério Público de Minas Gerais informou que recebeu o inquérito no início da tarde de ontem. O documento tem 1,6 mil páginas e foi entregue ao promotor Gustavo Fantini. Ele tem até o dia 6 de agosto para decidir se oferece denúncia contra os indiciados. A promotoria também pode denunciar ou pedir novas diligências.

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Provas técnicas


As provas técnicas incluídas pela Polícia Civil de Minas Gerais no inquérito que indiciou o goleiro e outros oito adultos pelo desaparecimento e morte de Eliza destacaram os registros feitos pelas antenas de telefonia celular. Segundo o relatório, o sistema de telefonia registrou trajetos que coincidem com o deslocamento de Eliza do Rio de Janeiro a Minas Gerais e com a ida dela do sítio de Bruno até a casa de Bola, onde a polícia afirma que ela foi executada, no dia 10 de junho.


A polícia afirma que os dados obtidos com a quebra do sigilo telefônico dos suspeitos coincidem com os depoimentos prestados e demonstram a ligação entre eles. Os dados do sistema de localização GPS da Range Rover, de propriedade de Bruno e conduzida por Luiz Henrique Romão, o Macarrão, também reforçam as versões apresentadas em depoimentos. O sangue encontrado no carro é de Eliza Samudio, assim como um par de sandálias e óculos escuros que foram reconhecidos pelas amigas do Rio. As provas técnicas incluem a fralda tamanho P/M encontrada em uma das suítes do motel em Contagem que teriam sido ocupadas por Eliza, o filho, Bruno, Fernanda, Macarrão e o adolescente.

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Fotos queimadas do bebê foram achadas em um ponto próximo à cerca do sítio de Bruno. Também foram incluídos diversos laudos de perícias nos computadores de Eliza e Macarrão, que demonstraram a existência de fotografias da criança e de Bruno, de um contrato, no notebook de Macarrão, a ser firmado entre Eliza e Bruno, com data de 8 de junho de 2010 (quando ela estava no sítio) e uma procuração em branco.


As gravações de entrevistas feitas pelos suspeitos, pelo irmão de Dayanne e pelo tio do menor à imprensa foram anexadas ao inquérito, bem como o vídeo gravado por Eliza na saída de uma delegacia no Rio de Janeiro, onde ela denunciou ter sido forçada a beber substâncias abortivas. O delegado Edson Moreira, disse que Eliza não abandonaria seu filho, cujo pai seria o atleta, porque a criança significaria uma vida estável para ela, caso a paternidade fosse confirmada. Para ele, esta é uma prova de que a mulher está morta. "O filho era uma garantia de pensão alimentícia razoável e duradoura", disse Moreira, ao apresentar o inquérito da investigação do desaparecimento da jovem.


Moreira disse também que o sangue com DNA masculino encontrado no jipe Range Rover do goleiro Bruno é do adolescente J., primo do atleta. O carro é o local onde, segundo a polícia, Eliza foi golpeada a cabeça com uma coronhada. Houve luta corporal entre os dois. O menor admitiu a agressão. Conforme Moreira, como o adolescente se recusou a fornecer material para um exame de DNA, a polícia colheu saliva de um copo descartável no qual J. bebeu água.

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Corpo


Moreira afirmou ainda que as buscas pelo corpo de Eliza vão continuar, mesmo com a conclusão do inquérito. "Não vamos desistir da busca", disse. O delegado disse que o adolescente "ainda é o único que esteve presente do início ao fim do caso". "A polícia calçou cientificamente o depoimento do menor. As provas científicas que temos, o GPS, o sangue dele e da Eliza em um carro de Bruno e a descrição do Bola, que tem uma falha na arcada dentária superior. Por último, a descrição da morte de Eliza, por asfixia", disse Moreira.


O pai de Eliza Samudio, Luiz Carlos Samudio, foi até o Departamento de Investigações nesta tarde. Ele chorou durante a entrevista do delegado. Segundo ele, "ainda tenho esperança de encontrar o corpo e prestar a última homenagem".

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