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Governo demite presidente dos Correios

O governo federal demitiu nesta quarta-feira (28) o presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio de Almeida, e o diretor de Recursos Humanos da estatal, Pedro Magalhães. A assessoria de imprensa do Ministério das Comunicações informou que a decisã

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 28.07.2010, 23:49:00 Editado em 27.04.2020, 20:59:07
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O governo federal demitiu nesta quarta-feira (28) o presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio de Almeida, e o diretor de Recursos Humanos da estatal, Pedro Magalhães. A assessoria de imprensa do Ministério das Comunicações informou que a decisão partiu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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O Planalto, entretanto, também via assessoria, informou que não é da responsabilidade do presidente trocar o comando do órgão.

Os Correios vêm enfrentando uma crise nos últimos meses, com atraso em entregas e contratação de franquias sem licitação. Depois que a eficiência da estatal foi questionada, o PMDB, partido que comanda a empresa, entregou a cabeça do diretor de Operações dos Correios, Marco Antonio Oliveira.

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Lula, porém, evitava fazer uma mudança drástica para não criar problemas com o PMDB, aliado do PT na campanha de Dilma Rousseff à Presidência da República.

A solução encontrada foi colocar no lugar um nome ligado ao partido. O escolhido é David José de Mattos, homem ligado ao presidente do PMDB no Distrito Federal, Tadeu Filipelli.

Mattos foi presidente da Agência Reguladora de Águas e Saneamento do DF e secretário adjunto de Infraestrutura e Obras. Os dois cargos foram exercidos quando Filipelli, hoje vice na chapa do candidato do PT ao governo do DF, o ex-ministro do Esporte Agnelo Queiroz, comandava o setor de obras no governo de Joaquim Roriz, entre 1999 e 2006.

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Para o lugar de Pedro Magalhães, na diretoria de Recursos Humanos, o indicado é Nelson Luiz Oliveira de Freitas, até então diretor do Departamento de Administração de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento. O ministro das Comunicações, José Artur Filardi, negou qualquer ingerência política com as mudanças.

- Tinha muita gente reclamando. Todos sabem dos problemas que os Correios vinham passando, com atrasos em encomendas e no Sedex. Não tem nada a ver com política.

O sentimento, porém, não é compartilhado pelo agora demitido Pedro Magalhães. Em conversa com o R7, ele disse acreditar que houve, sim, algum acerto político, sobretudo devido ao processo eleitoral.

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- É estranho isso. O Hélio [Costa, ex-ministro das Comunicações] não foi avisado. O máximo que disseram, na hora de nos demitir, foi que a Casa Civil estava precisando do nosso lugar.

Resultados contraditórios

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Apesar dos problemas de logística enfrentados pelos Correios nos últimos meses, a empresa vinha dando bons resultados ao governo. Nos últimos quatro anos, justamente os que tiveram José Henrique Custódio na presidência, o faturamento foi recorde, chegando a R$ 12,4 bilhões no ano passado.

O bom desempenho, no entanto, vinha sendo afetado por seguidos rombos no Postalis, o fundo de pensão dos Correios. Em 2009, a estatal acabou registrando o menor lucro desde 2003, quando o presidente Lula assumiu o governo: R$ 177 milhões.

O motivo foi uma dívida de R$ 1,43 bilhão do Postalis. Na prática, a situação deficitária do fundo pode resultar no não pagamento das aposentadorias dos contribuintes. Custódio, no entanto, vinha trabalhando para contornar o problema, mas não teve tempo e foi engolido pela crise.

- Se todas as empresas brasileiras estivessem sucateadas, como dizem que os Correios estão, o Brasil estaria numa situação ainda melhor que a atual. O problema do Postalis estava sendo resolvido. Não sei dizer exatamente o que precipitou essa decisão do governo, mas cargo público é assim mesmo: você sabe quando entra, mas a qualquer hora pode sair.

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