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Morre preso arremessado de telhado em rebelião do Paraná

PAULA SPERB PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) - O detento que foi empurrado do telhado da Penitenciária Estadual de Londrina, no interior do Paraná, durante rebelião na terça-feira (6), morreu na noite desta quarta (7). Eder Henrique Lopes da Silva, 28, co

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 08.10.2015, 18:59:10 Editado em 27.04.2020, 19:55:58
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PAULA SPERB
PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) - O detento que foi empurrado do telhado da Penitenciária Estadual de Londrina, no interior do Paraná, durante rebelião na terça-feira (6), morreu na noite desta quarta (7).
Eder Henrique Lopes da Silva, 28, conhecido como Capetinha, havia sido internado em estado grave, com traumatismo craniano, no Hospital Universitário da cidade. Silva chegou a ter uma parada cardíaca, mais foi reanimado. O hospital não divulgou a causa da morte.
Outros dois presos foram levados ao mesmo hospital. Um deles já teve alta e o outro tem o quadro de saúde estável. Eles pularam de um muro com medo de serem mantidos reféns por outros detentos.
O Depen (Departamento de Execução Penal do Paraná) informou que oito presos ficaram feridos após a rebelião, que durou 24 horas. Os detentos fizeram companheiros de cela reféns e vários foram agredidos. O objetivo da rebelião, segundo o governo, era uma fuga em massa.
Três detentos fugiram na madrugada de quarta-feira, e um foi recapturado. Ainda segundo o Depen, 25 presos foram transferidos para outras unidades prisionais da região.
A madrugada foi o momento mais "tenso", segundo o tenente-coronel da PM José Luiz de Oliveira. "Eles fizeram várias frentes para tentar fugir do presídio", disse, em entrevista à imprensa.
O padre Edilvan Pedro dos Santos, da Pastoral Carcerária, disse à reportagem que 11 presos fugiram na manhã desta quinta (8) e que um deles foi recapturado. O padre participou das negociações com os presos e disse que o documento com reivindicações dos presos continha pedido para o fim da revista vexatória das famílias durante as visitas, melhor qualidade das refeições, fim da violência dos agentes penitenciários e revisão das penas.
À imprensa o diretor do Depen, Luiz Alberto Cartaxo Moura, disse que os presos elaboraram um documento sem "nada de consistente". "Não são reivindicações, são comentários", afirmou.
NOVA FUGA
O Depen e a Secretaria de Segurança Pública não confirmaram a nova fuga de presos na manhã desta quinta. Procurada pela reportagem, a secretaria não se manifestou. O Depen disse que não tem informação sobre uma nova fuga, já que a distância entre Curitiba, onde funciona o departamento, e Londrina, onde ocorreu a rebelião, dificulta a comunicação.
O departamento informou também que o sistema de cadastro de "saídas" não está sendo atualizado porque a estrutura do presídio foi danificada. Os estragos foram significativos, de acordo com o Depen. Áreas de trabalho e de estudo, a enfermaria, consultórios médicos e odontológicos e o almoxarifado foram completamente destruídos. O setor administrativo ficou sem água e luz.
O governo do Paraná não informou quantos presos participaram da rebelião, mas disse que o motim foi organizado por integrantes de facções criminosas.
A unidade 2 da penitenciária, onde houve a rebelião, tem capacidade para cerca de 1.100 presos, distribuídos em 30 galerias. O Depen informou apenas que a quantidade de detidos está um "pouco acima da capacidade" do local, sem mencionar números.
REBELIÕES NO ESTADO
Em 2014, ocorreram mais de 20 rebeliões no Paraná. Na mais grave delas, na cidade de Cascavel, no oeste do Estado, em agosto, cinco presos foram mortos, dois deles decapitados.
Em outubro passado, na cidade de Maringá, no norte do Estado, uma rebelião durou 17 horas. No mesmo município, em dezembro de 2014, outra rebelião durou 48 horas e acabou com três feridos.

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