SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sisi, concedeu perdão a cem prisioneiros, incluindo três jornalistas da rede de TV Al Jazeera, nesta quarta-feira (23).
O canadense Mohamed Fahmy, o egípcio Baher Mohamed e o australiano Peter Greste haviam sido condenados a três anos de prisão em um julgamento em agosto por trabalhar sem licença para membros da imprensa e por transmitirem material prejudicial ao país. Greste já havia sido deportado em fevereiro.
Os três negavam todas as acusações, às quais chamaram de absurdas, e atribuíam suas prisões a parte de uma ampla deterioração da liberdade de expressão no país.
O perdão foi divulgado pela agência de noticias estatal, afirmando que ele foi concedido a prisioneiros que violaram leis contra protestos e a alguns que estavam doentes.
Entidades de defesa dos direitos humanos têm acusado as autoridades do Egito de diversas violações desde que o Exército derrubou o primeiro presidente democraticamente eleito do país, Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana.
Dezenas de pessoas haviam sido presas em 2014 por desrespeito a leis promulgadas no ano anterior que baniam protestos feitos sem permissão.
Entre os prisioneiros libertados, 16 são mulheres, segundo a agência de notícias estatal.
O perdão foi anunciado no mesmo dia em que a França anunciou que havia fechado a venda de dois helicópteros militares Mistral para o Egito. A venda dos mesmos aparelhos para a Rússia havia sido cancelada anteriormente por questões políticas.
Escrito por Da Redação
Publicado em 23.09.2015, 11:13:47 Editado em 27.04.2020, 19:56:23
Siga o TNOnline no Google NewsContinua após publicidade
continua após publicidade
Deixe seu comentário sobre: "Egito concede perdão a cem prisioneiros, incluindo jornalistas"