O professor Pierre Pinto, de 39 anos, que mora em Boa Vista, em Roraima, decidiu se acorrentar a uma placa em frente à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e fazer greve de fome em apoio aos professores e funcionários da rede estadual de ensino do Paraná – que estão em greve desde o dia 25 de abril. "Eu sou professor do Instituto Federal de Roraima e tenho um irmão que é professor aqui no Paraná. Fiquei angustiado com a situação dos professores do estado e resolvi iniciar essa greve de fome em solidariedade a todos", disse Pierre.
O professor garante que está acorrentado e sem comer desde segunda-feira (25) e disse que só vai encerrar o ato quando o governo recuar e decidir pagar os 8,17% de reajuste salarial exigido pela categoria. No dia 14 de maio, o Governo do Paraná anunciou o reajuste salarial ao funcionalismo do estado de 5%. Mesmo com o anúncio, os professores decidiram manter a greve. O percentual de 8,17% é referente à reposição da inflação dos últimos anos, segundo os professores. Esta é a segunda greve da categoria desde o início do ano letivo. Ao todo, com as duas paralisações, já são 44 dias letivos perdidos e cerca de 1 milhão de estudantes prejudicados. A primeira paralisação dos professores da rede estadual iniciou em 9 de fevereiro, se estendendo até 11 de março.
O estopim da segunda greve foi um projeto de lei que alterou a gestão dos recursos da previdência estadual. O texto foi aprovado pelos deputados e sancionado pelo governador. Durante a votação do projeto na Assembleia Legislativa (Alep), em 29 de abril, policiais militares e manifestantes entraram em confronto na praça Nossa Senhora de Salete, em frente à Casa. Mais de 200 pessoas ficaram feridas. Estudantes prejudicados Ao G1, o psicólogo especialista em educação Marcos Meier explicou que os maiores prejudicados com o impasse entre servidores e governo são os milhares de estudantes que sofrerão com as alterações no calendário escolar. Por lei, os alunos têm de ter, ao menos, 200 dias letivos.
Diante do tempo perdido, neste momento, é preciso a colaboração dos alunos, ressalta o educador. “Os estudantes, sobretudo aqueles que irão prestar vestibular e o ENEM, precisam aproveitar ao máximo este período para estudar. É fundamental que o estudante colabore".
Deixe seu comentário sobre: "Homem se acorrenta e faz greve de fome em apoio aos professores do PR"