Professores e funcionários da rede estadual de ensino do Paraná, que estão em greve desde o dia 25 de abril, estão mobilizados desde as 9h deste domingo (17) no Largo da Ordem, em Curitiba, para entregar panfletos e explicar à população sobre os motivos da greve.
A manifestação ocorre em meio à tradicional feirinha do Largo, que reúne milhares de pessoas todos os domingos. “Estamos conversando com a população, explicando os motivos da greve e chamando a todos para participar da mobilização que está marcada para terça-feira (19)”, afirma o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) Hermes Leão. A mobilização no Largo está prevista para encerrar às 12h. Ainda de acordo com Hermes, o ato reúne cerca de mil pessoas. Até as 10h30, a PM não tinha um balanço de quantas pessoas participavam da manifestação.
Outras entidades devem participar da mobilização de terça, como o Sindarspen (Sindicato dos Agentes Penitenciários) e SindSaúde (Sindicato dos Servidores Estaduais da Saúde do Paraná).
A passeata dos profissionais da educação vai começar na Praça Santos Andrade e seguir até o Centro Cívico. “Estamos chamando os alunos também, que vão com os seus uniformes para apoiar a manifestação”, acrescenta Leão.
A última reunião da categoria ocorreu na sexta-feira (15), em Curitiba. Os representantes se reuniram para elaborar uma resposta ao Governo do Paraná diante do encerramento das negociações. Hermes afirmou ainda que a APP encaminhou um ofício ao Governo do Estado pedindo a retomada das negociações na sexta-feira (15), mas que até este domingo não havia obtido resposta. “Já havia um encontro marcado para terça (19), desmarcado de forma unilateral pelo Governo. Também confirmamos assembleia da categoria para a próxima sexta-feira (22), podendo ser antecipada caso seja demonstrado o interesse na retomada do diálogo”. Na quinta-feira (14), o governo estadual informou, em nota oficial, que o reajuste salarial ao funcionalismo do estado será de 5%, pago em duas parcelas.
A nota dizia ainda que as negociações com a APP-Sindicato estavam encerradas. A categoria deflagrou greve em protesto contra o projeto de lei que alterou a gestão de recursos da previdência estadual.
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