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No Dia do Índio, indígenas de aldeia em Mangueirinha lutam por terras

O domingo (19), Dia do Índio, começou com festa para os descendentes daqueles que já habitavam o Brasil quando os portugueses aqui chegaram, em 1500. A data é tida como um dia de reflexão sobre a importância da preservação dos povos, da manutenção de suas

Da Redação

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Mais de 1,5 mil índios, entre Caingangues e Guaranis, vivem na reserva. (Foto: Daniel Jaeger Vendruscolo / Arquivo pessoal)
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Mais de 1,5 mil índios, entre Caingangues e Guaranis, vivem na reserva. (Foto: Daniel Jaeger Vendruscolo / Arquivo pessoal)
Escrito por Da Redação
Publicado em 19.04.2015, 14:51:00 Editado em 27.04.2020, 20:00:41
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O domingo (19), Dia do Índio, começou com festa para os descendentes daqueles que já habitavam o Brasil quando os portugueses aqui chegaram, em 1500. A data é tida como um dia de reflexão sobre a importância da preservação dos povos, da manutenção de suas terras e respeito às suas manifestações culturais.

No Paraná, em especial na Reserva Terra Indígena Mangueirinha, no sudoeste do estado, são cerca de 1,5 mil indígenas, entre Caingangues e Guaranis, que lutam diariamente pela demarcação de terras.

A reserva tem mais de 16 mil hectares, no limite entre os municípios de Coronel Vivida e Chopinzinho. Atualmente, é considerada a maior reserva de Araucária Nativa do mundo, destaca o sociólogo e professor  da Universidade Tecnológica do Paraná ( UTFPR) Antônio Cavalcanti de Almeida.

Por isso, os índios ficam limitados para plantar alimentos, já que não podem cometer o desmatamento. Nas poucas áreas em que isso pode ser feito, eles plantam feijão, soja, milho, entre outros, mas o espaço não garante o alimento para toda a comunidade, garante o sociólogo.

A renda familiar também vem da comercialização de artesanatos, feitos de penas de aves, palhas e madeira, que são oferecidos para os visitantes na própria aldeia e em pontos urbanos próximos.

Os índios da aldeia de Mangueirinha chegaram ao Paraná em meados de 1890 para ajudar na construção de uma estrada que fazia a ligação entre os municípios de Palmas e Chopinzinho, na mesma região. A mão de obra indígena foi contratada pelo governo do Paraná, que na época ainda era província de São Paulo. Ao efetuar o pagamento pelo serviço, o governo foi surpreendido pelos índios, conta Almeida.

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"Eles disseram que não queriam dinheiro como forma de pagamento, mas sim terras. E foi então que o governo aceitou a proposta e delimitou parte das terras da região para os indígenas, que foram trazendo suas famílias aos poucos para o Paraná", diz o sociólogo, que destacou ainda que a união sempre foi uma característica indígena. "Eles pensaram que não teriam o que fazer com o dinheiro, mas que precisavam de terras para os povos", acrescentou o sociólogo.

"De lá pra cá foram várias situações históricas em que esses indígenas tiveram que reivindicar suas terras. Eu me lembro, por exemplo, que em 1949 o governo estadual, que era administrado pelo ex-governador Moisés Lupion, dividiu as terras e passou a negociar com os colonos", lembrou. Conforme Almeida, pouco tempo depois os caingangues e guaranis acabaram conquistando o espaço novamente

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Fonte: Adriana JustiDo G1 PR

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