O escritor italiano e ex-militante de extrema-esquerda Cesare Battisti, condenado no seu país por assassínios cometidos no final da década de 1970, detido, esta quinta-feira, no Brasil, onde residia, foi colocado em liberdade.
Cesare Battisti foi detido na tarde de quinta-feira pela Polícia Federal do Brasil em Embu das Artes, no estado de São Paulo, na sequência de uma decisão judicial para "fins de deportação". Contudo, à noite, Cesare Battisti foi solto na sequência de um pedido de habeas corpus , indicou a imprensa brasileira.
A justiça admitiu, com caráter preliminar, o pedido de libertação imediata apresentado pela defesa, depois de o italiano ter sido detido em "cumprimento de uma ordem de prisão administrativa para fins de deportação", dada a 26 de fevereiro, conhecida na semana passada.
Battisti deixou a Superintendência Regional da Policía Federal de São Paulo, onde se encontrava detido, pouco antes da meia-noite, acompanhado pelo seu advogado, Igor Sant anna Tomasauskas, e pelo secretário municipal de Direitos Humanos, Eduardo Suplicy.
O antigo ativista foi condenado, em Itália, a prisão perpétua por homicídio quando fazia parte do grupo dos Proletariados Armados pelo Comunismo. O escritor fugiu para o Brasil em 2004, foi detido em 2007, mas em 2010 o antigo chefe de Estado brasileiro Lula da Silva considerou Battisti "alvo de perseguição e negou a extradição".
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