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Doação de leite materno salva vidas de bebês nas UTIs

Além do atendimento especializado que somente a UTI Neonatal pode oferecer aos bebês prematuros, o leite materno é fundamental para que se desenvolvam e, muitas vezes, sobrevivam porque contém imunoglobulina, substância que tem a função de proteger. É o c

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 23.02.2015, 14:33:00 Editado em 27.04.2020, 20:02:38
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Além do atendimento especializado que somente a UTI Neonatal pode oferecer aos bebês prematuros, o leite materno é fundamental para que se desenvolvam e, muitas vezes, sobrevivam porque contém imunoglobulina, substância que tem a função de proteger. 

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É o caso da pequena Fernanda Dambros, de 1 ano e 6 meses, que precisou da doação do leite materno enquanto esteve internada durante 41 dias no Hospital de Clínicas, em Curitiba. “Minha filha só está viva hoje porque recebeu a doação de leite materno enquanto estava na UTI”, afirmou Sibele Fernanda Fagundes Dambros, mãe da Fernanda. 

Sibele teve complicações durante a gravidez e precisou fazer uma cesárea com apenas 29 semanas de gestação. Fernanda, por pesar apenas 1,330 quilo ao nascer, precisou de cuidados extras na UTI e a mãe não tinha leite para amamentá-la. De duas em duas horas, a recém-nascida recebia 2 mililitros de leite. 

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O problema é que o número de doadoras ainda é muito pequeno. A doação é necessária para atender 100% dos bebês que estão nas UTIs neonatais do Estado, prematuros ou com problemas cardíacos. 

“O bebê prematuro, ao receber um leite materno, mesmo que de doação, tem tudo que há de melhor para amenizar as conseqüências do parto precoce, como problemas de infecção e respiratórios”, explica o pediatra José Carlos Amador. “O leite materno vai proteger a criança de doenças próprias do ser humano, inclusive infecções no intestino, comuns quando se alimenta com o leite de vaca”, destacou. 

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ESTOQUES 

Se não fosse o leite doado à pequena Fernanda, ela não sobreviveria. A falta de leite materno nos bancos de leite se agrava nos meses de janeiro e fevereiro, devido, principalmente, ao período de férias. Assim como o sangue, o estoque de leite precisa ser reposto diariamente. Crianças como Fernanda, que nascem prematuramente, precisam desse leite para reduzir o risco de alergia e prevenir a baixa imunidade e a obesidade. 

O médico afirmou ainda que estudos comprovam que a criança que mama no peito é mais inteligente, raramente tem problemas de sobrepeso, cresce mais rápido e não tem problemas alérgicos. Um fator que contribui para o baixo índice de doação de leite materno, segundo Amador, é o mito de que pode faltar o alimento para o seu próprio filho. “Quanto mais ela amamenta, mais leite produz e o seu filho recebe um leite muito mais rico em lipídio, o que é ótimo”, afirma. 

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No Paraná, o Governo do Estado mantém Bancos de Leite Humano que buscam a doação nas residências das doadoras, como o Hospital Universitário de Londrina, o Hospital Universitário de Maringá e o Hospital Universitário de Cascavel. Basta a doadora ligar para o banco de leite e solicitar uma visita. As equipes dos Bancos de Leite vão até a residência e disponibilizam material esterilizado, gorro, máscara e dão orientações de como deve ser feita a coleta. 

A orientação às mães que residem em municípios onde não há Banco de Leite do Estado é procurar a Unidade de Saúde mais próxima para saber como podem fazer a doação. Na Capital, além da Unidade de Saúde, as mães devem procurar o Hospital de Clínicas e o Hospital Evangélico, que possuem Banco de Leite. 

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OBJETIVO QUE ALIMENTA 

Jaqueline Gluck, 29 anos, teve seu primeiro filho há 2 meses e meio. Aos 11 dias de vida do pequeno Vítor, ela despertou o interesse de ser doadora de leite. “Eu tinha muito leite e precisava esgotar para ele poder mamar. Quando eu via todo aquele leite indo pelo ralo, ficava com dó e percebi que eu podia fazer o bem a outras crianças também”, conta. 

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Vítor nasceu com 2,980 kg de parto normal – um dos fatores que contribuem para a produção de leite da mãe. “No parto normal, a mulher se sente disposta em apenas seis horas. Já na cesárea, ela sente dores fortes da cirurgia, o que atrapalha no momento da amamentação nos primeiros dias”, afirma o pediatra José Carlos Amador. 

Mas, de acordo com o médico, o parto é apenas um dos fatores, pois o fato de ter leite ou não está ligado ao emocional da mulher e à alimentação e hidratação adequadas durante o período da amamentação. 

“O sentimento de querer amamentar estimula a produção de leite. A mãe que dá à luz pensando em qual leite industrializado vai dar ao seu filho quando ela voltar a trabalhar já tem uma produção menor de leite”, disse. “Portanto, é preciso apenas pensar em querer amamentar seu filho e em mais nada”, completou. 

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Jaqueline conta que teve uma gravidez tranquila e hoje ela doa 1 litro de leite por semana ao Hospital das Clínicas de Curitiba. Ela lembra que também teve o receio de não ter leite suficiente para o seu filho ao fazer a doação. “Isso é um mito porque quanto mais eu tiro leite para doar, mais eu tenho e o fato de poder ajudar a salvar vidas de outros bebês é muito recompensador”, afirmou. 

Além disso, Jaqueline conta que ao se informar sobre os benefícios da amamentação, soube que o ato diminui a incidência do câncer de mama e ajuda a recuperar o peso anterior à gestação. “É um esforço manter tudo esterilizado e esgotar leite com a máxima higiene toda manhã e toda noite. Mas isso leva menos de cinco minutos e eu me coloco no lugar das mães que não têm como amamentar seus filhos”, destacou. “Eu recomendo que mais mães doem. É um ato simples, é um ato de amor, é um ato de salvar vidas”, completou a mãe do pequeno Vítor. 

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ONDE DOAR 

Maringá – O Banco de Leite do Hospital Universitário de Maringá atende prematuros internados em UTI neonatal, que pesam entre 500 gramas e 1,5 quilo, da Santa Casa de Maringá, Hospital Paraná, Hospital Santa Rita e Hospital São Marcos, além das santas casas de Campo Mourão e Paranavaí. A média mensal de leite doado à unidade é de 300 litros/mês. 

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As possíveis doadoras do Banco de Leite do HU de Maringá devem entrar em contato pelo telefone (44) 3011-9174. Também poderão ir até o banco para receber as orientações, mas, mesmo assim, é preciso marcar horário antes, no mesmo telefone. O HU fica na Avenida Mandacaru, 1590, Jardim Parque das Laranjeiras. O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h. 

Londrina – O Banco de Leite do Hospital Universitário de Londrina coleta aproximadamente 211 litros/mês para atender recém-nascidos da cidade e da região. O atendimento é feito nas UTIs Neonatais e nos domicílios, em casos especiais. 

O Banco de Leite de Londrina atende pelo telefone (43) 3371-2390. A unidade fica na Avenida Robert Koch, 60, na Vila Operária. O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h. 

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Cascavel – O Banco de Leite do Hospital Universitário de Cascavel coleta aproximadamente 230 litros/mês para atender 25 recém-nascidos por dia, mas recebe aproximadamente 200 litros/mês. No período de férias, a doação caiu para 170 litros/mês. São prematuros da cidade e de 25 municípios da região. O atendimento é feito nas UTIs Neonatais, nas unidades de cuidados intensivos e nos domicílios, em casos especiais. 

Em Cascavel, o telefone para contato é o (45) 3321-5243. O HU fica na Avenida Tancredo Neves, 3.224, Santo Onofre. O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h40, e aos sábados e domingos das 8h às 12h.

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Locais para doação em Bancos de Leite Humano do Paraná 

Toledo: 

Hospital Bom Jesus - Banco de Leite Humano Dr. Jorge Nisiide. Rua Almirante Barroso, 2.193, Centro. Tel.: 45-2103-2013 - Fax: 45-2103-2077. 

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Ponta Grossa: 

Hospital da Criança Prefeito João Vargas de Oliveira – Banco de Leite Humano do Hospital da Criança Prefeito João Vargas de Oliveira. Rua Joaquim de Paula Xavier, 500, Vila Estrela. Tel.: 42-3026-9406 - Fax: 42-3026-9410 

Apucarana: 

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Hospital da Providência - Banco de Leite Humano do Hospital da Providência de Apucarana. Rua Rio Branco, 518, Centro. Tel.: 43-3420-1479 - Fax: 43-3420-1400 

Curitiba: 

Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná – UFPR - Banco de Leite Humano do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Rua General Carneiro, 181 P.Maternidade 4º andar, Centro. Tel.: 41-3360-1867 - Fax: 41-3264-4872 

Hospital Universitário Evangélico de Curitiba - Banco de Leite Humano do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba. Alameda Augusto Stefeld, 1.908, Bigorrilho. Tel.: 41-3240-5117 

Foz do Iguaçu: 

Hospital Ministro Costa Cavalcanti - Banco de Leite Humano de Foz do Iguaçú. Avenida Gramado, 763, Vila A. Tel.: 45-3576-8000 - Fax: 45-3576-8060 

Londrina: 

Hospital Universitário de Londrina - Banco de Leite Humano Maria Lucilia Monti Magalhães. Avenida Robert Koch, 60, caixa postal 791 , Vila Operária. Tel.: 43-3371-2390 - Fax: 43-3371-2204 

Maringá: 

Hospital Universitário Regional de Maringá. Avenida Mandacarú, 1.590, Jardim Parque das Laranjeiras. Tel.: 44-2101-9174 - Fax: 44-2101-9137 

Cascavel: 

Hospital Universitário Regional do Paraná - Banco de Leite Humano do Hospital Universitário do Oeste do Paraná. Avenida Tancredo Neves, 3.224, Santo Onofre. Tel.: 45-3321-5151 - Fax: 45-3321-5314 

Guarapuava: 

Hospital São Vicente de Paulo - Banco de Leite Humano do Hospital São Vicente de Paulo. Rua Marechal Floriano Peixoto, 1.059 - Prédio 

Centro. Telefone: 42-3035-8374

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